Sorte merecida

De regresso a Alvalade, o Sporting cumpriu uma serie de 4 vitórias consecutivas, numa fase onde a equipa não precisou de sair de Lisboa, mas desta vez sem o brilhantismo dos jogos anteriores.

De facto na 1ª parte assistimos a um jogo equilibrado, muito por culpa de um Marítimo descomplexado e já sem grandes ambições, mas também fora da zona dos aflitos, o que dá uma grande tranquilidade à equipa, que conseguiu incomodar Rui Patrício, como já não se via há algum tempo.

Por outro lado o Sporting apresentou-se com um futebol menos intenso do que é habitual, e aqui não posso deixar de associar este facto à ausência de Adrien Silva, não apenas pelo que o Capitão acrescenta à equipa, mas também por aquilo que Alberto Aquilani não é capaz de lhe dar.

Para além disso o jogo exterior do Sporting ressentiu-se de uma tarde menos conseguida dos seus laterais, principalmente Bruno César, mas também Ezequiel Schelotto, que raramente conseguiram dar largura ao futebol leonino e poucas vezes centraram com qualidade.

Como se tudo isto não bastasse, tivemos um Islam Slimani muito complicativo, às vezes armado em Messi, a tentar fazer aquilo que não sabe, mas mesmo assim o argelino lá acabou por molhar a sopa e até podia ter marcado mais.

Curiosamente o Sporting chegou ao golo no melhor período do Marítimo, logo a seguir às bancadas de Alvalade terem saudado o seu guardião com com alguns "sis", que assinalaram as suas importantes intervenções, que antecederam um golo marcado com muita sorte por Teo Gutierrez, a confirmar que o bruxo tinha ficado de fora, pois realmente não é habitual o Sporting marcar golos daqueles.

Não sei se Jorge Jesus deu cabo da cabeça aos seus jogadores durante o intervalo, mas o que é certo é que na 2ª parte tudo foi diferente e o 2-0 surgiu com naturalidade, arrumando ali a questão, pois o Marítimo não revelou capacidade para reagir ao segundo golo do Sporting.

Daí para a frente percebeu-se que o 3-0 seria uma questão de tempo, mas mesmo assim a equipa resolveu desligar os motores e passar para o modo complicar, com Rúben Semedo à cabeça, pelo que ainda houve tempo e razões para que Jorge Jesus se irritasse.

E pronto, ficou tudo quase na mesma, mas agora já falta menos um jogo.


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