Opções que não mudaram nada

O Sporting deixou-se apanhar pelo Benfica no comando da classificação do Campeonato português, ao empatar a zero com o Rio Ave, num jogo onde voltaram a estar em evidência os problemas de sempre desta equipa orientada por Jorge Jesus.

Ou seja, o Sporting voltou a dar meia parte de avanço ao seu adversário, entrando numa toada morna e cometendo os erros do costume, naquilo que agora se chama a primeira fase  de construção, onde continua a faltar a William Carvalho o dinamismo necessário para sair a jogar com rapidez e objectividade, valendo o Rui Patrício do sempre, que com duas boas defesas evitou males piores.

Mesmo sem ter um grande volume de futebol de ataque, o Sporting na 1ª parte esteve várias vezes perto de marcar, mas do outro lado estava um guarda redes inspirado, enquanto os avançados leoninos se revelaram perdulários como quase sempre, uma situação que se manteve na 2ª parte.

Depois do intervalo Rui Patrício ainda foi chamado a intervir mais uma vez, mas à medida que o tempo ia passando, o Rio Ave ia recuando, já só a pensar no pontinho da ordem, enquanto Jorge Jesus desta vez levou muito tempo a fazer a substituição do costume, com a entrada do agitador Gelson Martins.

De resto na minha opinião o treinador do Sporting não foi muito feliz em algumas das suas opções para este jogo, não se percebendo porque é que Carlos Mané foi preterido depois das boas indicações que tinha dado nos últimos jogos, principalmente quando já deu para ver que Teo Gutierrez não se está para chatear muito com o Sporting, pelo que não se justifica tanta fé nele e a sua substituição só pecou por tardia, ainda por cima por um Hernán Barcos acabado de chegar, pelo que o seu entrosamento com a equipa ainda não pode ser o melhor, portanto a sua entrada pouco adiantou, enquanto Gelson Martins continuava a aquecer.

Assim só na fase final do jogo é que o Rio Ave ficou encostado ás cordas, mas já havia pouco tempo para ultrapassar uma equipa muito bem organizada defensivamente, pelo que nem o constante adiantamento do gigante Sebastián Coates foi suficiente para chegar ao golo, que esteve perto algumas vezes, mas não calhou.

Por falar no central uruguaio, devo dizer que gostei do que vi. É alto e muito forte no jogo aéreo e nas bolas divididas e mostrou um bom sentido de colocação, casando bem com Paulo Oliveira e depois com Rúben Semedo, que entrou muito bem, pelo que tem tudo para ser o tal patrão que tanta falta tem feito naquela defesa.

Resolvido este problema, falta resolver a questão das dificuldades em fazer golos, principalmente em Alvalade, onde me parece que a equipa tem de afogar os adversários logo desde o início dos jogos, pelo que talvez seja necessário arriscar mais nas primeiras partes, porque depois o tempo começa a faltar e essa coisa de ganhar em cima da hora não pega sempre.


Agora perdida a vantagem de pontos e anímica e com o Benfica embalado, não há margem para voltar a errar, principalmente nos jogos que faltam até ao confronto directo, mas quem sabe o Peseiro dá uma ajudinha.

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