Que frete

Com o Arouca já afastado das meias finais da Taça da Liga e o Sporting dependente de uma conjugação de resultados altamente improvável, não se poderia esperar muito deste jogo, mas também não era preciso exagerarem, pois na verdade o que se viu foi quase tudo muito mau.

O Sporting apresentou um misto de jogadores sem qualidade para envergarem aquela camisola, com outros sem motivação, ou vontade, para disputarem um jogo que já não contava para nada e ao contrário do que disse Jorge Jesus, poucos foram os que aproveitaram a oportunidade para mostrar alguma coisa ao treinador.

As excepções foram o guarda-redes Azbe Jug, ao qual não há nada a apontar e, principalmente Carlos Mané, que foi fundamental na inclinação que o campo teve na 2ª parte, mostrando que o Sporting não precisa de Marega nenhum, pelo que só temos de agradecer a Pinto da Costa pelos milhões que se pouparam. De resto acho que posso dizer o mesmo em relação a José Sá, que até pode ser um guarda-redes com futuro, mas para suplente ia sair muito caro e se há alguém que se aproveite na Equipa B, parece-me que é o Pedro Silva.

O resto foi quase tudo muito mau. A 1ª parte então foi de uma pobreza enervante, de tal forma que o Arouca até conseguiu ser mais perigoso do que um Sporting apático, principalmente na linha da frente, formada por quatro jogadores que não fizeram uma única jogada de jeito.

Depois na 2º parte com as substituições, a coisa foi melhorando e só é pena serem permitidas apenas três alterações por jogo. Mesmo assim o Sporting empurrado por Carlos Mané e depois pela vontade de Daniel Podence, que pelo menos esforçou-se, lá foi criando oportunidades e finalmente marcou. No entanto o Portimonense voltou a ser protegido pelos deuses da bola em Paços de Ferreira e lá se foi a Taça da Liga.

Há também que dizer que não foi só o Sporting que esteve mal, aquele campo é uma miséria, aquele trio de arbitragem conseguiu cometer quase tantos erros como as decisões acertadas que tomou, então o amarelo a Marvin Zeegelaar é de bradar aos céus, enquanto o guarda-redes do Arouca se divertia a queimar tempo, vá-se lá saber porquê. O hábito de fazer anti jogo é tal, que nem mesmo quando não é preciso eles deixam de o fazer. Só falta fazerem-no quando estão a perder.

Finalmente uma referência para a colocação de Ricardo Esgaio no meio campo, uma opção de Jorge Jesus que só se compreende devido à falta de alternativas para o lugar, daí talvez a insistência no regresso de Rúben Semedo. Esgaio é um daqueles que pelo menos dá sempre tudo o que tem e lá se safou o melhor pôde, mas não tem condições para aquele lugar.

E pronto, são menos dois jogos para chatear e principalmente lá se foi a possibilidade de outro SportingxBenfica, desta vez numa Final.

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