Este sim, foi difícil

Depois da saborosa vitória na Luz, que ainda por cima colocou o Sporting isolado na liderança do Campeonato, já se sabia que este jogo com o Estoril não ia ser fácil, daí que Jorge Jesus se tenha fartado de avisar para as dificuldades que se adivinhavam e para o facto da vitória sobre o Benfica valer apenas 3 pontos e de nada servir, se depois o Sporting não aproveitasse a embalagem com os clubes mais pequenos.

E de facto os mais de 40 mil Leões que se deslocaram a Alvalade, não se livraram de alguns sustos, principalmente na 1ª parte, onde foram do Estoril as melhores oportunidades de golo e coube a Rui Patrício o trabalho mais aturado, pois apesar do natural domínio territorial do Sporting, a verdade é que o perigo raramente se acercou da baliza dos canarinhos, que se defendiam de uma forma organizada, mas sem necessidade de autocarros, e sempre que podiam arrancavam em direcção à área leonina, sem medo e com muita objectividade.

Depois de uma excelente 1ª parte para quem gosta de futebol, o Sporting veio do intervalo com outra postura e conseguiu encostar o Estoril às cordas, de tal forma que quando surgiu o golo, num penalti indiscutível, mas precedido de um fora de jogo, já Bryan Ruiz tinha falhado uma flagrante oportunidade de golo e os árbitros tinham fechado os olhos a uma mão de Mano em plena área estorilista.

A ganhar o Sporting não baixou as linhas e continuou a dominar por inteiro, justificando o golo da tranquilidade, que Gelson Martins e Jefferson não conseguiram materializar nas melhores oportunidade do jogo, enquanto o Estoril só nos últimos 5 minutos voltou a ser perigoso, numa altura em que o árbitro já andava à procura de complicar.

Foi pois uma vitória justa, mas difícil como se esperava, perante uma das boas equipas deste campeonato, num jogo onde se notou a ausência da dinâmica de Adrien Silva no meio campo, enquanto lá atrás se saúda o regresso de Ewerton, que apesar de ainda denotar alguma falta de ritmo, acrescenta qualidade àquela defesa, embora tenhamos de reconhecer que nos últimos jogos Naldo tem cumprido.

Outro que está a melhorar é  Bryan Ruiz, que finalmente começa a mostrar a qualidade do seu futebol, ao contrário de  Teo Gutierrez, um jogador que eu não conhecia, mas que ainda não me convenceu. Parece-me um daqueles avançados que anda ali na frente muitas vezes desaparecido, embora seja muito venenoso e até esteja a marcar, mas esconde-se de mais para o meu gosto.

Agora seguem-se dois jogos de vitória obrigatória, ambos fora de casa, que antecedem mais uma paragem, para depois entrarmos num período que já vai decidir muita coisa, logo a começar com mais um "derby", desta vez para a Taça de Portugal. Venham eles!

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