Jorge Jesus de fato de treino


A Taça está de volta e desta vez o primeiro adversário que calhou em sorte ao Sporting, foi um clube dos campeonatos regionais, pelo que naturalmente que a equipa apresentada por Jorge Jesus foi muito diferente daquela que pode ser considerada como o seu onze base.

Quatro estreias absolutas nesta época, uma dupla de centrais formada por dois jogadores vindos de lesões, embora no ano passado ambos fossem titulares, mais minutos para alguns jogadores menos utilizados e até para o jovem Matheus Pereira, restando dos titulares apenas William Carvalho, que também precisa de readquirir o ritmo de jogo e João Pereira, que tem dividido o lugar de lateral direito com Ricardo Esgaio.

Enfim uma mão cheia de oportunidades, que principalmente os miúdos aproveitaram e bem, de tal forma que os quatro golos foram da autoria de jovens, que estiveram em bom plano. Matheus Pereira matou o jogo muito cedo, com dois belos golos, enquanto Bruno Paulista também selou a sua estreia com um cabeceamento vitorioso, mostrando ambos atributos para terem direito a mais minutos. Gelson Martins entrou e mexeu com o jogo, mostrando toda a sua qualidade e até Carlos Mané poderia ter assinado o golo do ano, mas o guarda redes Nélson Pinhão não deixou, de resto o resultado só não engordou por culpa dele, mas diga-se que Marcelo Boeck também teve algum trabalho e pelo menos duas excelentes intervenções.

Do lado oposto, estiveram jogadores mais experientes como Alberto Aquilani e Fredy Montero, aos quais faltou motivação onde lhes sobraram ocasiões para marcar golos e pontos, embora o colombiano se tenha fartado de tentar. Irreconhecível esteve Junya Tanaka, que na época passada não desperdiçou as poucas oportunidades que teve para mostrar serviço, mas desta vez quase não se viu.

Enfim com os golos a aparecerem muito cedo, este foi um jogo quase sem história, de tal forma que no fim o assunto era o fato de treino do Jesus, uma situação perfeitamente evitável, mas infelizmente houve alguém no Sporting que teve a triste ideia de meter essa questão no inquérito disciplinar aberto a Marco Silva, no final da época passada, um processo em tudo lamentável e muito mal conduzido, de tal forma que continua a ter estas réplicas perfeitamente desnecessárias, bastando para tal que tivesse havido algum bom senso.


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