Video-árbitro

Já enjoa mas não há como fugir à questão das arbitragens, que continuam a adulterar os resultados atraiçoando repetidamente a verdade desportiva e, para não variar o Sporting continua a ser vítima desses erros constantes, quer em Portugal, quer lá fora.

Em 6 jogos disputados não houve um que escapasse à polémica e, sempre com um factor em comum: o Sporting a ser prejudicado, uma situação que se repete ano após ano, de tal forma que já custa acreditar em coincidências.

Todos imaginamos o quão difícil deve ser arbitrar, dada a velocidade e a grande dinâmica de um jogo de contactos como é o Futebol, mas nos dias de hoje em que os espectadores lá em casa rapidamente se apercebem dos erros via repetições, cujos ecos também chegam às bancadas dos estádios e seguramente aos ouvidos dos árbitros, já não se admite que essa tecnologia não seja posta à disposição dos juízes de campo, em nome da protecção destes e principalmente da verdade desportiva.

O video árbitro é pois uma questão na ordem do dia, que tem sido oportunamente levantada por Bruno de Carvalho, logo acusado de Don Quixote, numa luta que se diz perdida, mas que éstá longe de ser contra moinhos.

Os costumeiros velhos do Restelo, saem logo a terreiro, perguntando qual o peso do Sporting para se imaginar capaz de despoletar tamanha revolução, como se o facto de sermos de um pequeno País, fosse impeditivo de lutarmos pelos nossos ideais. Pensassem todos assim, nunca teriam os portugueses chegado tão longe no tempo dos descobrimentos.

Mas não é só a inveja e a pequenez que move muitos dos críticos das corajosas acções do Presidente leonino, é também o medo de perder o poder acumulado durante anos a fio, que lhes garante as nomeações certas nos momentos exactos, como se vai vendo semana após semana, vidé o eleito para o jogo de hoje entre Benfica e Belenenses, que é uma paixão segura que garante 3 pontinhos, mesmo em caso de aperto.

Pior ainda são aqueles que argumentam, que sem erros o Futebol deixaria de ter piada e os adeptos já não teriam o que discutir, ou as comparações que se fazem entre os erros da arbitragem e os erros dos jogadores e treinadores. Enfim, na falta de argumentos vale tudo para justificar a resistência às mudanças inevitáveis. Sim isto pode levar tempo, mas um dia vamos lá chegar.

Há também as questões financeiras, mas num negócio de milhões, que dá para encher o bucho a gente como empresários, é preciso ter muta lata para recorrer a tão ridículo argumento.

Já se inventou o 4º, o 5º e até o 6º árbitro, mas a utilidade destes é nula, quando não se torna nociva, como foi o caso daquele incrível penalti marcado a Jonatham Silva em Gelsenkirchen na época passada, em contraste com a cegueira no primeiro golo do CSKA, este ano em Moscovo.

Tudo lances facilmente resolvidos se existisse um video-árbitro, que acabaria de vez com as questões dos foras de jogo e lances decisivos ocorridos dentro das áreas, embora as habilidades não pudessem ser totalmente erradicadas, pois também ninguém defende uma arbitragem totalmente robotizada.

É claro que vão haver sempre lances discutíveis, mas aí não há nada a fazer que não seja seguir o que está nas leis do jogo, ou seja beneficiar a equipa que ataca nos foras de jogo, e a equipa que defende nos penaltis.

Uma coisa é certa, com o video-árbitro, O golo de Gutierrez na Supertaça nunca teria sido anulado, O Tondela e a Académica não teriam marcado nenhum golo ao Sporting, que por sua vez estaria apuradissímo para a fase de grupos da Liga do Campeões, uma diferença que vai seguramente para além dos 10 milhões de Euros e ora aqui está o busílis da questão. É muito dinheiro para quem dá e distribui, se sujeitar a ficar exposto aos incómodos de clubes como o Sporting, que apenas defendem a verdade desportiva. Mas isso interessa alguma coisa?

Força Bruno de Carvalho, não há que ter medo, até porque pior do que isto eles já não podem fazer.




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