A vitória veio do banco

De volta ao Campeonato Jorge Jesus recuperou o seu onze base, com Ricardo Esgaio a adiantar-se na luta pela posição de lateral direito e Gelson Martins a ocupar o lugar de André Carrillo. Aqui tenho de dizer que na minha opinião o Sporting nem fica a perder, o peruano é bom jogador mas nunca me pareceu assim tão excepcional como agora o pintam e, ou muito me engano, ou o cabo verdiano vai aproveitar esta oportunidade para dar um grande salto e não vão ser precisos muitos anos para se poder comparar as carreiras de um e de outro.

Ontem Gelson Martins justificou inteiramente a aposta, embora ainda esteja muito verde, mas mesmo assim com um pouco de sorte poderia ter marcado duas ou três vezes e se continuar a jogar vai crescer depressa e muito, porque talento não lhe falta. Esperemos que juízo também não.

Quanto ao jogo, tivemos aquilo que se esperava perante uma equipa de Manual Machado, bem organizada defensivamente como de costume, perante um Sporting que atacou muito, mas acertou pouco, principalmente no momento dos cruzamentos, daí que a bola raramente tenha chegado em condições a Islam Slimani.

A expulsão de Sequeira em nada mudou o cariz do jogo, mesmo que se possa dizer que o Nacional passou a ter menos condições para contra atacar, mas a verdade é que os madeirenses nem com onze ousaram sair da toca. Diga-se aqui que esta foi apenas uma das muitas más decisões de um árbitro muito fraquinho, que se safou da boa graças ao golo de Fredy Montero, pois dficaram dois penaltis por marcar.

Se Machado nada alterou depois da expulsão, Jorge Jesus também se manteve fiel ao seu modelo de jogo até ao fim, limitando-se a fazer trocas directas e, foi aqui que ele acabou por ganhar o jogo, quando retirou dois jogadores que pouco tem acrescentado à equipa, como são os casos de Teo Gutierrez e principalmente Bryan Ruiz.

O cerco foi apertando e o Nacional foi recuando, até que à beira do fim lá veio o golo salvador de Fredy Montero, para grande desgosto do narrador de serviço, que não conseguiu evitar que transparecesse cá para as nossas casas a sua grande desilusão, da mesma forma que nos lances duvidosos tomou sempre o mesmo partido, valendo a isenção do comentador de serviço, para pôr este artista no seu lugar.

No fim foi uma vitória justa, numa noite de pouca inspiração, de uma equipa que precisa de ser mais eficiente no último passe e, que com os regressos dos lesionados, poderá ficar bem mais sólida em termos defensivos.

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