Um manel entre Lisboa e Moscovo

O Sporting de Jorge Jesus empatou a uma bola com o Paços de Ferreira, depois de realizar a pior exibição de uma temporada que começou de uma forma auspiciosa, num jogo encravado no meio do decisivo play-off de acesso à Liga dos Campeões.

Tal como se previa Jorge Jesus mexeu na equipa, dando uma oportunidade a Fredy Montero e minutos a Alberto Aquilani, mas estas alterações não correram bem, pois o avançado colombiano foi menos um em campo e o médio italiano também não se mostrou particularmente inspirado, tendo como atenuante o facto de jogar num lugar para o qual não está muito vocacionado.

Para além disso André Carrillo e Bryan Ruiz na 1ª parte pareciam já estar a caminho de Moscovo, embora tenham sido eles a fabricar o golo com que o Sporting chegou a uma vantagem que na altura talvez nem justificasse, pois o Paços de Ferreira revelou-se sempre uma equipa personalizada, garantindo algum equilíbrio perante uma certa apatia do Sporting, que falhava passes atrás de passes, complicando a vida a uma defesa que se revelou muito intranquila, de tal forma que houve períodos em que o Paços esteve melhor no jogo e até ao golo, oportunidades a sério o Sporting só tinha tido uma, desperdiçada por Bryan Ruiz.

Ao intervalo Jorge Jesus retirou o inexistente Fredy Montero e lançou o agitador Gelson Martins, que voltou a justificar a aposta, enquanto André Carrillo passou a jogar mais solto, parecendo finalmente acordar do descanso que fora para ele a 1ª parte.

O Paços continuou a ser uma equipa incómoda e perigosa, tendo até tido uma excelente oportunidade para empatar, negada por um grande Rui Patrício, mas o ascendente continuava a ser do Sporting que sem ter melhorado muito, era agora uma equipa mais mexida na frente, embora pouco autoritária a defender.

Estava-se nisto quando o árbitro resolveu cumprir o papel para que vinha destinado, marcando um penalti, no mínimo duvidoso, mas que seguramente nunca seria marcado na Luz ou no Dragão (vide o que aconteceu num lance com Luisão na jornada passada), com a agravante de ter expulsado João Pereira, aí de forma inequivocamente injustificada, pois o avançado do Paços estava longe de poder chegar àquela bola. De resto, na 1ª parte Islam Slimani viu um amarelo quando tentou aproveitar um pequeno contacto com o defesa paçense, não interessando para aqui se estava fora de jogo, pois o fiscal de linha não assinalou, o que nos permitiu perceber o que o árbitro pensava daquele lance.

Com pouco mais de 10 minutos para jogar e menos um jogador, ou pelo menos dois, porque o manel continuou lá atento e zeloso para garantir o sucesso da sua missão, o Sporting ainda poderia ter ganho o jogo, com o menino Gelson Martins a mostrar o que vale, mas Marafona segurou o empate, que acaba por ser um prémio para um excelente Paços de Ferreira, embora conseguido graças aos jeitinhos do manel.

Já o Sporting não conseguiu passar ao lado do play-off da Liga dos Campeões, depois de um jogo muito intenso como foi o de terça feira, e antes da importantíssima deslocação a Moscovo, voltando a mostrar alguma intranquilidade na defesa, agravada desta vez com uma menor produção atacante, que  acabou por dar este empate, embora a ajuda do manel tenha sido decisiva, é que nem foram só os lances polémicos, foi no jogo todo, culminando nos 3 minutos adicionais concedidos e na aflição em empurrar a bola para longe da área paçensse, bem evidente na parte final do jogo.

Jesus pode ter trazido muita coisa da Luz. mas o colinho não conseguiu trazer e diga-se que não queremos ajuda, apenas que não atrapalhem, daí a luta pelo sorteio e pela validação dos meio tecnológicos no apoio à arbitragem, coisas que assustam quem está habituado ao tal colinho e conta com as ajudas dos maneis,






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