É trampa de certeza.

Depois da decepção de Moscovo, o Sporting voltou às lides domésticas em Coimbra, onde Jorge Jesus introduziu duas alterações naquele que já pode ser considerado como o seu onze base, lançando Ricardo Esgaio no lugar do castigado João Pereira, enquanto Carlos Mané ocupou a posição de Bryan Ruiz, um dos jogadores que já vai dando sinais de algum desgaste.

Foram duas alterações óbvias, numa altura em que não havia espaço para grandes aventuras e diga-se de passagem que os dois jovens Leões aproveitaram muito bem a oportunidade que tiveram, de tal forma que não me escandalizaria nada se continuassem na equipa, principalmente o lateral direito, pois o rendimento de João Pereira tem deixado muito a desejar. No entanto todos sabemos que o treinador do Sporting não costuma deixar cair os seus titulares assim tão facilmente.

Quanto ao jogo, a Académica revelou-se como um adversário muito fraco, de tal forma que bastaram pouco mais de 20 minutos para resolver a partida e, as facilidades eram tantas que chegou-se a adivinhar uma goleada.

Foi então que os senhores do costume resolveram equilibrar o marcador, inventando um penalti numa jogada em que a haver falta, foi do jogador da Académica, e como se isso não bastasse, recusaram-se a marcar um penalti, esse sim indiscutível, sofrido por Islam Slimani.

Jorge Jesus perdeu a paciência e recebeu mais uma lição sobre as diferenças entre ser treinador do Benfica ou do Sporting, sendo expulso, sem que para isso fosse necessário fazer metade das palhaçadas que fez em 6 anos ao serviço do nosso rival, durante os quais se foi expulso duas ou três vezes, já foi muito. No Sporting bastou um mês e já lá vai uma.

Veio a 2ª parte e tudo continuou na mesma. O Sporting dominava uma Académica completamente inofensiva, mas não marcava, pelo que Jorge Jesus resolveu jogar pelo seguro, fazendo entrar Alberto Aquilani, enquanto Viterbo tentava a sua sorte metendo mais um avançado.

O resultado destas mexidas foi que a Académica passou finalmente a aparecer na área do Sporting, mesmo que apenas tenha conseguido uns cantos e uns livres laterais, mas o Futebol é assim e foi nessa altura de maior equilíbrio, que o Sporting chegou ao 3-1, depois de Adrien Silva ter falhado um penalti, na sequência de uma bola no braço de Fernando Alexandre, que abriu as asas para ocupar mais espaço e cortar o remate de Carlos Mané.

Por incrível que pareça, o golo da tranquilidade também aconteceu na sequência de um penalti, curiosamente o menos claro de todos, a fazer lembrar o que deu o golo do empate ao Paços de Ferreira na jornada passada. Há um ligeiro puxão que Islam Slimani aproveitou para se atirar ao chão e ganhar um penalti, que na minha opinião foi um bocado forçado.

Enfim, que como diz o Presidente, o que parece trampa, cheira a trampa e sabe a trampa, é trampa de certeza, é o caso mais esta arbitragem que estragou um jogo que tinha tudo para ser tranquilo.


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