Penafiel parte 2

Marco Silva bem pode apelar à concentração dos seus jogadores para o que resta do campeonato que não há nada a fazer, pois eles já estão todos a pensar na Final da Taça de Portugal.

Ontem em Alvalade o Sporting entrou a ganhar, não se podia pedir melhor para um jogo contra uma equipa que como o seu próprio treinador reconheceu, não sabe fazer outra coisa que não seja jogar na expectativa de um erro do adversário e encolher-se lá atrás à frente da sua baliza.

No entanto o golo madrugador de Adrien Silva apenas serviu para adormecer a equipa, um sono tão profundo que até este Boavistinha levou poucos minutos para conseguir o empate, obrigando Marco Silva a chamar Islam Slimani quando ainda só tínhamos meia hora de jogo, porque realmente naquele ritmo e sem ninguém na área, era difícil criar perigo, quanto mais ganhar o jogo.

Pouco tempo depois os sportinguistas voltaram a ter motivos para se lembrarem do jogo com o Penafiel, onde a equipa também chegou à vantagem muito cedo, mas depois ficou a jogar com menos um e tudo se complicou.

Tobias Figueiredo voltou a ser expulso e desta vez o árbitro até podia ter sido menos rigoroso, pois o avançado boavisteiro não tinha a bola propriamente dominada, mas em Alvalade um qualquer Luís Ferreira não hesita em puxar dos cartões, dai que o Sporting seja uma das equipas que mais expulsões já teve esta época.

Para ser quase igual ao jogo com o Penafiel, só faltou o livre seguinte ter dado golo, e faltou pouco, pois Zé Manel atirou à barra, o que foi o mais próximo de golo que o Boavista conseguiu, apesar de ter ficado a jogar com mais um ainda antes do intervalo.

Para a 2ª parte Marco Silva teve de recorrer a William Carvalho, que foi chamado a jogar por dois, e fê-lo muito bem, desenrascando-se como central e ainda tendo tempo para empurrar no meio campo, muito mais do que Oriol Rosell tinha feito nos 33 minutos em que jogou.

Com esta alteração o Sporting despertou e sem ser brilhante percebeu-se que o golo a acontecer seria na baliza de Mika, pois o Boavista continuava à espera de mais um milagre. O guarda redes boavisteiro ainda evitou o segundo de Adrien Silva, no intervalo das lesões que inventava para queimar tempo, mas só conseguiu reclamar de um fora de jogo quando Islam Slimani fez o 2-1.

No final do jogo o adjunto do Boavista disse que também tinha dúvidas em relação à posição do argelino no golo da vitoria do Sporting, mas curiosamente se houve algum lance irregular foi o do golo do Boavista, no entanto aí o fiscal de linha deixou jogar, o que se aceita quando se tratam de lances de centímetros. É pena que os critérios não sejam sempre os mesmos.

A perder, Petit mandou um pinheiro para dentro da área do Sporting e a 5 minutos do fim William Carvalho salvou a equipa, no meio de uma confusão daquelas de que o treinador do Boavista estava à espera, mas foi o único susto que Rui Patrício passou, enquanto Carlos Mané veio acrescentar alguma velocidade nas transições, quando Marco Silva foi obrigado a tirar  Adrien Silva e praticamente só tinha avançados no banco, o que o forçou a uma solução de recurso.

Para fechar o jogo mais uma expulsão ridícula, de um árbitro que eu já conhecia de outras touradas e que bem podia ter deixado a partida acabar com apenas dois amarelos mostrados e 22 jogadores em campo.

Para não variar volto à carga com as repetições. Ontem num canto a favor do Sporting o realizador entreteu-se  a mostrar 249 vezes uma jogada sem interesse nenhum e quando retomou o directo estava um jogador do Boavista a marcar uma falta contra o Sporting. Não pudemos ver o que se passou, bem bom que não foi falta ao contrário, ou golo. Haja paciência para estes gajos.

Bom, faltam mais quatro treinos para o Jamor e um jogo de aquecimento com o Braga, provavelmente para dar minutos aos rapazes da Equipa B e, por falar nisso decorem este nome: Gelson Martins.

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