Um passeio à Madeira

Aquilo que se perspectivava como um dos jogos mais complicados do que resta deste campeonato, afinal tornou-se num tranquilo passeio à Madeira, onde não foi preciso sofrer muito para somar os desejados 3 pontos, apesar de o início do jogo ter indicado o contrário, mas aí valeu Rui Patrício que segurou o resultado com uma grande defesa, na única oportunidade de golo que o Marítimo construiu durante todo o jogo, iam decorridos apenas 4 minutos.

Depois de um primeiro quarto de hora onde realmente o Marítimo parecia disposto a confirmar as dificuldades esperadas, o Sporting começou a impor o seu jogo e quando Adrien Silva inaugurou o marcador na cobrança de um penalti tão indiscutível quanto desnecessário, já o jogo estava claramente inclinado para a baliza dos madeirense.

A 2ª parte foi monótona e enfadonha, pois o Sporting limitou-se a controlar o jogo sem nunca ter um rasgo capaz de aproveitar um certo adiantamento da equipa adversária, enquanto o Marítimo nem cócegas fez a Rui Patrício.

Costuma-se dizer que quando se deixa rolar em cima de uma vantagem mínima como o Sporting fez ontem, corre-se um risco de sofrer o empate de num lance fortuito, mas desta vez esse perigo nunca se sentiu.

O que se sentiu mesmo foi a ausência de William Carvalho, que apesar de esta época não ter atingido o nível que mostrou na anterior, é um jogador que empurra a equipa para a frente, enquanto Oriol Rosell é certinho, mas não sai dali. Já Ewerton teve uma estreia a titular tranquila, mas os adversários não deram muito trabalho.


Duas notas finais, a primeira para estranhar uma arbitragem sem grandes reparos de um dos piores arbitros portugueses em todos os sentidos. É o que faz que o Sporting já esteja arrumado, porque caso contrário estou convencido que as suas decisões nos dois lances mais discutidos, poderiam ter sido diferentes.

E finalmente uma pergunta: Onde é que o Marítimo foi desencantar aquele central brasileiro, que para além de ter cometido um penalti estúpido, passou o jogo todo a declarar-se ao Islam Slimani e no fim ainda teve tempo para falar de arbitragem. É preciso ter lata.

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