Que estouro

E pronto, ao quinto clássico o Sporting deu o estouro e finalmente os defensores da teoria de que não podemos competir com FC Porto e Benfica puderam cantar vitória, mas na verdade as razões deles estão apenas sustentadas no natural desgaste de uma equipa que está muito espremida e não tem um plantel tão rico de opções que possa sobreviver a tantos jogos seguidos e à ausência de dois titulares indiscutíveis.

O Sporting resistiu apenas meia hora, período em que o jogo foi morno e desinteressante como convinha à equipa de Marco Silva, mas o génio e alguma felicidade de Jackson Martinez, mostraram que os Leões não estavam preparados para reagir.

E se até aí o máximo que o Sporting tinha conseguido fora uma jogada em que o inexistente Fredy Montero fugiu da baliza, quando estava em boa posição para a atacar, daí para a frente foi uma nulidade total.

Depois de uma má entrada na 2ª parte, reparava-se o treinador para fazer uma dupla substituição, quando surgiu o 2-0 que acabou definitivamente com o jogo, pois se a equipa já estava fisicamente de rastos, ficou animicamente completamente abatida e o resultado final acaba por realmente reflectir as diferenças visíveis neste jogo.

Tello foi o herói que aproveitou a inexperiência de Tobias Figueiredo e Jonathan Silva, fazendo com que todos os sportinguistas se lembrassem de Jefferson e até de Rojo, mas os alas também nunca ajudaram e no meio campo Adrien Silva foi o primeiro a estourar, enquanto lá na frente Islam Slimani nem deve ter tocado na bola, porque de Fredy Montero estamos conversados.

Entendi a opção do treinador pelo colombiano, como teria compreendido se ele tivesse mantido Junya Tanaka na equipa, pois não é fácil ter de escolher entre seis e meia dúzia, quando o que é preciso é um nove a sério.

Está assim encerrado mais um capítulo desta época, restando agora a Taça de Portugal e manter o 3º lugar, ou seja olhar para o Nacional e principalmente para o Braga.


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