No modo automático

O Sporting-Vitória de Guimarães de domingo foi um daqueles jogos típicos das equipas que já estão conformadas com a posição que ocupam e metem o modo automático, actuando com tranquilidade, mas também sem grande brilho.

Os vimaranenses pelo contrário apareceram em Alvalade ansiosos por inverterem os últimos resultados que põem em perigo a qualificação para a Europa e até entraram melhor no jogo, mostrando serem uma equipa daquelas que joga futebol sem necessidade de recorrer aos ferrolhos à antiga portuguesa.

O golo do Sporting na primeira jogada de jeito que os Leões conseguiram foi um soco no estômago que os homens de Guimarães sentiram como aquelas fatalidades típicas das equipas com pouca confiança e daí ao 3-0 que se verificava ao intervalo, foi só um pequeno passo, num jogo em que tudo corria bem a uns e mal a outros.

Estavam devolvidos os três secos da 1ª volta e cheirava a goleada, mas na 2ª parte o modo automático tornou-se cada vez mais vagaroso, enquanto o Vitória se mostrou menos abatido pelas incidências do jogo, pelo que os dois golos que aconteceram foram pouco mais do que acidentais, num fim de tarde invulgarmente tranquilo para o Sporting, que não aproveitou para golear, mas também não complicou como havia feito no jogo com o Penafiel.

Mesmo assim mais uma vez o Sporting acabou com 10 jogadores, o que em parte se explica pela facilidade com que os árbitros disparam cartões em Portugal, pelo menos quando as camisolas não são de certas corres. Mas vá lá, pelo menos já se marcam os penaltis, mesmo sem serem descarados.

Da exibição do Sporting há a destacar as boas prestações de Miguel Lopes, finalmente a mostrar alguma coisa, João Mário que pareceu estar a regressar à boa forma e Islam Slimani que mói que se farta, mas a maioria já está no tal modo automático a caminho do final da época.

A opção de Marco Silva por Ewerton em detrimento de Tobias Figueiredo terá as suas justificações, mas de certa forma parece-me algo injusta para o jovem central leonino, que realmente se mostrou algo verde em algumas situações, mas quando eu me lembro das sucessivas brancas da dupla Maurício/Naby Sarr......









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