Prova superada

Bastaram 10 minutos de jogo para que se percebessem algumas coisas que iriam acontecer em Arouca, um entendimento que na maior parte dos casos se confirmou.

Logo para principiar viu-se que iria ser um jogo de muita briga onde seria necessário correr muito, o que significava também dificuldades acrescidas para alguns dos jogadores do Sporting, principalmente os da linha da frente, logo a começar por Fredy Montero. Curiosamente o colombiano até foi capaz de vestir o fato macaco e fartou-se de lutar, embora nem sempre tenha conseguido tirar proveito desse esforço.

Depois calculei que ontem mais do que nunca nos iríamos lembrar de Islam Slimani, até porque foi no pantanal de Arouca que ele começou a ganhar a titularidade na temporada passada. E de facto durante algum tempo não pude deixar de pensar que o argelino estaria como peixe na água naquele relvado pesado, mas depois os golos apareceram e eu só me voltei a lembrar dele quando fui ver como ia o Costa do Marfim-Argélia.

Voltando aos que mais dificuldades tiveram neste jogo, devo dizer que André Carrillo apesar de um golo e de uma assistência, passou completamente ao lado da 1ª parte e mesmo na 2ª, não foi brilhante, tal como João Mário, que julgo só não terá sido substituído porque Adrien Silva já tinha um amarelo.

Por falar em amarelo, outra coisa que eu logo adivinhei foi que o Sporting não ia acabar o jogo com a 11 homens em campo. Viu-se desde o começo que aquelas camisolas prestas estavam muito amareladas, ou para ser mais correcto eu diria que avermelhadas.

No entanto tenho de admitir que Jonathan Silva foi muito bem expulso e até deveria ter visto era o vermelho directo, embora não tenha percebido porque levou o primeiro cartão. mas por estranho que pareça no fim quem mais se queixou foi o Pedro Emanuel, que queria mais penaltis.

De resto ainda não percebi como é que a maior parte dos jornalistas e comentadores defendem que aquele corte na bola do Jonathan Silva pode ser penalti. Foi limpinho, limpinho, como diria o outro. Já o do Tobias Figueiredo, só se ele cortasse o braço fora, a não ser que a questão da intencionalidade tenha sido retirada da regra. Mas enfim, não lhes serviu de nada.

No fim ganhou a única equipa que conseguiu criar oportunidades de golo e que à excepção de um curto período após o 2-1, teve o jogo sempre controlado, perante um adversário que para além de correr muito e de uns mergulhos, pouco mais fez.

 Fredy Montero e Adrien Silva logo no início do jogo poderiam ter marcado e a reacção da equipa ao golo do Arouca foi excelente. Na 2ª parte Adrien Silva que fez um grande jogo, falhou a melhor de todas as oportunidades, mas Carlos Mané que já tinha assistido no primeiro golo, voltou a desequilibrar, aproveitando a única ajuda do árbitro, involuntária como é óbvio, o que de certa forma ainda inclinou mais o jogo.

Tobias Figueiredo que tinha sido injustamente penalizado no penalti e que até fora protagonista de uma distracção desnecessária, teve o merecido prémio e acabou com o jogo que poderia ter terminado com números mais esclarecedores, se André Martins e Junya Tanaka não se tivessem juntado ao rol dos perdulários.

Assim como se pode ver a superioridade do Sporting foi incontestável e tivessem sido aproveitadas metade das oportunidades de golo construídas o resultado seria bem mais gordo.




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