Na altura era óbvio que o Sporting precisava de um patrão para a defesa e de um ponta de lança que pudesse substituir Islam Slimani, enquanto o argelino estivesse ausente na CAN.
Depois de muito ruído, Marco Silva acabou por ficar no comando da equipa, mas teve mesmo que se sujeitar à politica de austeridade nas contratações e em vez de um patrão para a defesa, viu partir o central mais experiente do plantel e chegar um jogador que ainda nem tinha condições para treinar com o grupo, e de ponta de lança nem sombras.
Mas há males quem vem por bem e a saída de Maurício abriu espaço para a afirmação de Tobias Figueiredo que eu já há muito reclamava como sendo potencialmente o melhor dos centrais do Sporting. As vitórias e alguns golos de Junya Tanaka fizeram que a ausência do avançado argelino também fosse esquecida, mas uma lesão muscular prolongou esse vazio e no jogo com o Benfica foi impossível disfarçar a falta que Islam Slimani faz.
Marco Silva tinha pedido uma reacção forte no Restelo e a equipa até entrou bem no jogo, mas Fredy Montero desperdiçou o primeiro brinde da noite e à medida que o tempo foi passando o Belenenses foi equilibrando as operações.
Sem grandes alternativas no banco, Marco Silva lançou os jogadores que tinha e se Carlos Mané parece estar a reclamar um lugar no onze titular, Junya Tanaka por muito esforçado que seja, não é um verdadeiro ponta de lança, tal como Fredy Montero também não é jogador para estar sozinho na frente, principalmente quando os adversários se fecham lá atrás a sete chaves.
As substituições operadas ao intervalo não surtiram grandes efeitos, porque continuou a faltar um homem na área e o meio campo ficou um pouco desequilibrado, apesar da visível subida de forma de William Carvalho.
Estava o jogo encalhado quando Rui Patrício e Paulo Oliveira ofereceram o golo que o Belenenses esperava e assim parecia que tinham caído do céu os desejados 3 pontinhos, até porque a reacção do Sporting não foi propriamente forte, pois se Islam Sliman faz muita falta na área, no banco não há ninguém que nos faça sequer lembrar dele.
O terceiro brinde da noite chegou em cima do gong final e desta vez Carlos Mané não perdoou, salvando pelo menos um ponto, mas assim é difícil chegar ao 2º lugar, quanto mais sonhar com um campeonato que ficou irremediavelmente perdido no mercado de Janeiro.
Comentários
Enviar um comentário