Desta vez não nos podemos queixar do árbitro


Tal como eu calculava o jogo de ontem foi bastante complicado, mas Marco Silva decidiu dar a titularidade a um André Martins ainda muito preso, depois de uma lesão que o afastou dos relvados durante cerca de um mês, uma opção um pouco mais conservadora do que aquela que eu previra.

A 1ª parte foi bastante fraca, com o Sporting a sentir muito a falta da dinâmica de Adrien Silva, já para não falar de Islam Slimani, do qual eu me lembrei logo aos 5 minutos de jogo, depois de um cruzamento que não encontrou ninguém na área, uma situação que se repetiu noutras ocasiões, embora os cruzamentos não tenham sido a primeira opção no jogo de uma equipa que sabe que tem de encontrar outras soluções.

Já tinha o Rio Ave feito o primeiro aviso, quando o árbitro conseguiu ver um puxão na camisola de Fredy Montero, que resultou no penalti que deu o primeiro golo ao Sporting. Confesso que se fosse ao contrário também tinha ficado de cabeça perdida, mas o árbitro depois condescendeu deixando-se empurrar e daí para a frente até pareceu estar um pouco condicionado.

A ganhar o Sporting não soube aproveitar e na sequência de um canto a seu favor deixou-se surpreender num contra ataque que Cédric Soares não foi capaz de anular. Assim chegou-se ao intervalo com um empate que era justo mas amargo.

O Sporting veio para a 2ª parte com outra atitude e fez uns bons primeiros 25 minutos, chegando com justiça à vantagem, embora o golo de Fredy Montero também vá dar que falar, pois a verdade é que mesmo que involuntariamente, ele tocou no defesa adversário, desequilibrando-o.

Novamente a ganhar Marco Silva mexeu bem, adiantando João Mário e lançando o jovem escocês Ryan Gauld, que entrou bem num jogo que não era fácil. A equipa ficou mais equilibrada e o 3-1 parecia ter arrumado a questão, só que o Rio Ave reduziu logo a seguir, deixando os sportinguistas outra vez a roer nas unhas.

O jogo entrou na sua fase mais emocionante, com os visitantes a ameaçarem fazer o empate, mas foi mais feliz o Sporting, quando Junya Tanaka voltou a facturar, já muito perto do fim.

O 4-2 final parece-me um resultado excessivo para um Sporting que teve muitas dificuldades, mas que acabou por ser protegido pelas circunstâncias do jogo e um castigo muito pesado para um Rio Ave que mostrou ser uma boa equipa.

Uma palavra para os jovens Tobias Figueiredo que se mostrou um pouco menos tranquilo do que nos jogos anteriores, o que me parece perfeitamente normal, mas não comprometeu e para Ryan Gauld que confirmou as boas indicações que tem vindo a dar. De resto Junya Tanaka continua a provar que tem engodo pelo golo, fazendo com que não se fale na ausência de Islam Slimani. Vamos a ver se isto vai dar até ao regresso do argelino.

Desta vez não nos podemos queixar do árbitro e até o diabo se admirou com aquele penaltizinho, detectado com um olho muito atento, que depois não viu o tropeção do defesa do Rio Ave em Fredy Montero, no segundo golo.




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