Candidatos a quê?

O Sporting empatou em Alvalade com o Moreirense, num jogo difícil de explicar, principalmente pela 1ª parte, que foi surpreendentemente dividida, com a equipa de Miguel Leal a mostrar descaramento suficiente para jogar no campo todo, mesmo correndo alguns riscos, pois foi nesse período que o Sporting teve mais oportunidades de golo, embora nunca tenha conseguido controlar o jogo, pois o Moreirense aproveitava a sua superioridade numérica no meio campo, para atacar sempre que podia e sem medo, a baliza de Rui Patrício.

Mas se Adrien Silva Fredy Montero e André Carrillo desperdiçaram as oportunidades que tiveram para marcar, Cardozo aproveitou o brinde do costume, enquanto Maurício mostrava também não ter jeito para fiscal de linha, assinalando um fora de jogo inexistente, em vez de pelo menos tentar estorvar o avançado paraguaio.

A 2ª parte foi muito diferente porque o Moreirense recuou na defesa da vantagem adquirida e só chegou mais uma vez à baliza de Rui Patrício, quando já perto do fim Paulinho poderia ter feito o 2-0, mas o Sporting embora tendo mais bola e atacando muito mais, até teve menos oportunidades para marcar e só chegou ao empate graças a um ressalto, numa altura em que Marco Silva já recorrera à solução do tudo para a frente e fé em Deus, com a entrada de Junya Tanaka, que acabou por resultar num golo caído do céu aos trambolhões.

É difícil encontrar uma explicação para uma exibição tão pobre, com quase todos os jogadores do Sporting a actuarem muito abaixo daquilo que são os mínimos exigíveis, escapando Rui Patrício por razões óbvias, Paulo Oliveira dentro da sua regularidade, André Carrillo o único que pelo menos tentou e vá lá talvez William Carvalho, que pelo menos não esteve tão desastrado como em Londres, o que não quer dizer que tenha jogado bem, mas os outros foram uma nulidade quase total.

Escolher os piores é difícil, embora a "ausência" de Adrien Silva tenha sido talvez a que mais pesou, pela importância que ele tem nesta equipa, principalmente quando jogam apenas dois médios. Mas mesmo assim há um Maurício que consegue juntar à sua falta de qualidade, uma enorme dose de estupidez natural, não se percebendo a insistência neste jogador, quando há lá outros que não são piores, mas pelo menos poderão evoluir e, ainda no sábado voltei a ver um desses no jogo da Equipa B contra o FC Porto.

Com tanta desinspiração junta só um milagre pode salvar o treinador, que no fim se referiu à necessidade da equipa descer à terra depois dos jogos da Liga dos Campeões, mas isso é uma conversa para se ter antes dos jogos do Campeonato e não depois do leite derramado, numa altura em que a 1ª volta ainda não acabou, e os objectivos já terão de ser redefinidos, apontando claramente para ou 2º ou o 3º lugar e mesmo assim vai ser preciso acordar depressa.

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