Isto sim é o Sporting

O segundo confronto da época com o FC Porto, veio apenas confirmar aquilo que já se tinha visto no jogo de Alvalade, ou seja, as supostas diferenças abismais entre as duas equipas só existem na cabeça dessa trupe de jornaleiros e comentadores que andam todos em manada, sem capacidade para pensarem pelas suas próprias cabeças.

E se em Lisboa o Sporting poderia ter arrumado a questão na 1ª parte, mas depois até se arriscou a perder, no Porto o suposto super plantel à espanhola, recheado de grande valores individuais, perdeu não só porque como equipa não funciona, muito graças a esse grande treinador que é o Lopetegui, mas também por uma serie de erros dos dos tais jogadores que custaram milhões.

Do outro lado tivemos um Sporting a funcionar como uma verdadeira equipa, muito personalizada, com um grande meio campo, mesmo que João Mário tenha estado muito abaixo daquilo que tem sido habitual, um guarda-redes de classe mundial e um Nani que esse sim faz a diferença.

Assim logo a abrir o Sporting mostrou que as declarações de Marco Silva não era conversa fiada e que a equipa estava ali para ganhar. Assistiu-se então a um jogo equilibrado com o evoluir do marcador a resultar da classe de jogadores como Rui Patrício, Jackson Martinez e Nani e, dos erros de Marcano, Casimiro e novamente  Jackson Martinez, sendo de salientar a resposta personalizada do Sporting ao golo do empate.

Na 2ª parte foi a vez de Maurício fazer asneira, cometendo um penalti estúpido, muito bem cavado por esse magnifico ponta de lança que é Jackson Martinez, mas aí Rui Patrício empatou o duelo travado com o colombiano e, segurou a vantagem.

Se o Porto não estava a jogar bem até aí, a partir dessa altura foram notórias as dificuldades que a equipa teve em reagir, enquanto o Sporting ganhou confiança e quando William Carvalho, de volta à forma que o distinguiu na temporada passada, falhou o 3-1, dei comigo a pensar que a história de Alvalade se poderia repetir, pois estava na hora de matar o jogo, até porque a nossa defesa não é propriamente muito segura.

Felizmente desta vez estava tudo a nosso favor e a cerca de 10 minutos do fim, lá surgiu o merecido golo da tranquilidade, que deixou muita gente com os seus doutos comentários entalados na garganta.

É claro que esta vitória não significa que agora já sejamos a melhor equipa do mundo e arredores, mas a defesa está a melhorar com a entrada de Paulo Oliveira, e Adrien Silva continua semana após semana a mostrar toda a sua capacidade, por muito que isso custe aos fabricantes de novas vedetas, que engolem a muito custo a qualidade dos jogadores saídos da linha de produção de Alcochete, enquanto Nani joga e faz jogar.

A arbitragem não teve trabalho fácil, nem isento de erros. O critério disciplinar foi incoerente, os fiscais de linha falharam várias vezes nos foras de jogos e Jorge Sousa teve três lances difíceis de ajuizar na área do Sporting, sendo que em qualquer deles poderia ter marcado penalti, embora na minha opinião o último tenha sido uma mão perfeitamente fortuita. Já nos outros dois, Paulo Oliveira e Maurício foram muito imprudentes, sendo que o primeiro para mim até é mais penalti do que o segundo, onde Jackson vai claramente à procura da falta, perante um estúpido carrinho do central brasileiro do Sporting. Mas nenhum deles é um lance fácil e sem ser passível de muita discussão.


Agora vem aí Gelsenkirchen, um verdadeiro teste à evolução e à personalidade desta equipa.

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