Quem não mata arrisca-se a perder

O Sporting empatou com o FC Porto, um resultado que no final até se pode considerar justo, mas a verdade é que ao intervalo dei comigo a pensar que tínhamos perdido uma oportunidade única de acabar com o jogo ainda na 1ª parte e, que a 2ª iria ser seguramente diferente, pelo que até nos arriscávamos a perder, pois não sendo possível manter aquele ritmo e prevendo-se uma reacção portista, a nossa defesa não dava grandes garantias para segurar um resultado tão magro.

De facto na 1ª parte, principalmente nos primeiros 25 minutos, o domínio do Sporting foi total e para além do golo de Jonathan Silva, a justificar a confiança do treinador, João Mário e Nani desperdiçaram ocasiões flagrantes para aumentar a contagem, no meio de uma avalanche de futebol ofensivo, como eu não me lembro de ter visto num Sporting-FC Porto, de tal forma que Rui Patrício teve um principio de noite totalmente tranquilo.

No intervalo o treinador do Porto fez duas alterações e logo no recomeço Jackson poderia ter empatado, mas foi Naby Sarr quem voltou a borrar a pintura numa altura em que os portistas dominavam o jogo.

Depois do golo houve um período em que temi o pior, mas depressa o jogo ficou equilibrado, entrando numa fase onde as equipas pareciam acima de tudo não querer perder, mas Diego Capel e Herrera estiveram perto do golo, em dois lances dignos de um clássico como este.

As alterações introduzidas por Marco Silva não resultaram e nos últimos instantes foi FC Porto que esteve à beira de garantir a vitória, o que teria sido um desfecho injusto para o Sporting, depois daquela grande 1ª parte, mas quem não mata.....

O que mais gozo me deu neste jogo foi ver que afinal eu sempre percebo alguma coisa disto. É que durante toda a semana fartei-me de ler e ouvir comentários sobre uma enorme diferença entre as duas equipas, que eu não conseguia vislumbrar e que durante este jogo ninguém ninguém viu, a não ser na primeira meia hora e a pender para o lado do Sporting. É caso para dizer: "e o burro sou eu."

Ah! A choradeira dos portistas no final do jogo por causa de um pretenso penalti é de partir a rir.

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