Descubra as diferenças

Depois de uma serie de empates, quebrados apenas por uma vitória arrancada a ferros frente ao Arouca, o Sporting conseguiu finalmente ganhar de forma tranquila e convincente, como o demonstra o expressivo  resultado de 4-0 conseguido em Barcelos.

Mas afinal quais terão sido as diferenças entre este Sporting e os anteriores, que levaram a equipa a obter este resultado? Bom, na minha opinião elas não foram assim tantas, em primeiro lugar porque nem este Sporting foi perfeito, nem os outros foram tão maus como alguns os quiseram pintar.

A primeira diferença foram os golos que apareceram cedo, com os jogadores do Sporting desta vez a não acertarem no guarda redes rival e depois há que contar também com o adversário, que no caso do Gil Vicente se mostrou muito mais frágil do que os outros, até mesmo do que o Maribor,

Para além disso Marco Silva fez três alterações no onze inicial, e se a troca de lateral esquerdo foi forçada e teve uma boa resposta da parte de Jonathan Silva, as outras duas mexidas foram por opção, embora me pareça que com objectivos diferentes, porque se a entrada de Diego Capel cheira a gestão de esforço, num sector onde há muitas e boas opções, a oportunidade dada a João Mário, já pode ser considerada como uma mudança que tem tudo para ser definitiva, pois o jovem centro campista leonino respondeu com uma excelente exibição, confirmando ser um jogador que pode acrescentar qualidade naquela posição e deixando a sua marca no jogo, com duas assistências.

De resto não houve assim tantas diferenças. O Sporting foi dominador durante quase todo o jogo, criou muitas oportunidades de golo, chegou com grande facilidade à linha final, mas os cruzamentos continuaram a não sair bem, obrigando Islam Slimani a trabalhar muito e bem, lá na frente.

William Carvalho continua muito abaixo daquilo que fez na temporada passada e ainda não acordou, nem mesmo com as melhorias no meio campo, com o regresso de Adrien Silva às boas exibições, sem esquecer um Nani, que parece disposto a assumir a liderança da equipa, enchendo o campo com o seu talento, 

No início da 2ª parte quando Diogo Viana entrou, a equipa voltou a ter um período onde quase perdeu o controlo do jogo e esteve mesmo perto de sofrer um golo, numa jogada onde Rui Patrício e Naby Sarr ficaram a olhar um para o outro,

Aqui diga-se que fora esta jogada, o central francês até respondeu muito bem depois do disparate da Eslovénia, ao contrário do seu parceiro Maurício, que coleccionou erros e hesitações e teve um índice de passes errados elevadíssimo, mostrando muita falta de confiança e uma má forma preocupante, numa altura decisiva da temporada e onde Marco Silva parece disposto a insistir nele.

Assim foi uma vitória fácil, mas também um pouco facilitada, havendo a salientar o regresso aos golos e a boa exibição de João Mário, a justificar plenamente a titularidade, mas não se podem esquecer as inseguranças na defesa, mesmo perante uma equipa muito fraca, o que atendendo aos jogos que aí vem, não pode deixar de ser preocupante. A ver vamos.

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