Assim é impossível

E pronto o sonho esfumou-se definitivamente em Setúbal, e como não poderia deixar de ser tal aconteceu ao ritmo habitual dos apitos e bandeirinhas do costume, que arrumaram de vez com as aspirações de uma equipa que partiu para esta luta desigual com menos meios do que os rivais, mas que mesmo assim foi capaz de dar luta, até que começou a incomodar tanto que se chegou ao ponto de já valer tudo.

O jogo de ontem ficou inteiramente marcado por uma serie de decisões inacreditáveis que só podem ser explicadas por uma pré disposição para prejudicar o Sporting que levou a um descontrolo total dos árbitros, que começou com a anulação de um golo limpinho, limpinho, para depois se validar outro que era humanamente impossível de aferir.

De asneira em asneira o fiscal de linha de serviço, que tinha anulado uma jogada clara e de fácil avaliação, deixou passar outra bem mais complicada, que eu até admitiria como uma decisão aceitável, se o critério fosse o de em caso de dúvida deixa andar, o que claramente não foi.

E se o auxiliar já se tinha borrado todo, o chefe não lhe quis ficar atrás e, depois de deixar passar um penalti daqueles que nem é fácil de ver, à segunda marcou mesmo, mas parece que ficou com medo de sair do campo e, na primeira oportunidade resolveu compensar considerando penalti um mergulho mais do que evidente.

Com tanto protagonismo pela negativa, ficou estragado um jogo que não foi fácil e onde Leonardo Jardim levou até ao fim uma daquelas teimosias típicas dos treinadores, quando depois de ter afirmado a sua satisfação com a exibição de Gerson Magrão no último jogo, quando toda a gente viu que este brasileiro não tem pedalada para uma equipa como o Sporting, resolveu insistir na mesma tecla, o que só serviu para mostrar que do outro lado estava um jogador que sendo nosso, é sem dúvida muito melhor do que este Magrão.

Para além disso Islam Slimani foi justamente premiado com a titularidade e respondeu bem, enquanto Fredy Montero relegado à condição suplente de luxo, mostrou alguma ansiedade quando entrou, mas ajudou a empurrar o Setúbal lá para trás, embora tenha sido Diego Capel quem mexeu verdadeiramente com o jogo, ao contrário de Heldon, que também já começa a ser uma teimosia do treinador.

No fim o empate até se poderia aceitar, porque o Sporting não jogou nada de especial, mas a verdade é que quem definiu o rumo deste jogo foi a infeliz equipa de arbitragem, e assim é como dizia o outro: só na playstation.

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