Jardim acerta em cheio

Em Vila do Conde perante um adversário que já se sabia que iria ser muito difícil, Leonardo Jardim optou por Wilson Eduardo em vez de Carlos Mané, mas não mexeu na estrutura da equipa, que teve uma 1ª parte pouco conseguida, onde apesar de ter tido mais bola, nunca conseguiu dar a volta à boa organização defensiva de um Rio Ave, que foi sempre perigoso a sair para o ataque e, que até foi a equipa que esteve mais perto do golo.

Ao intervalo Jardim resolveu não perder mais tempo e lançou Carlos Mané para o lugar do desinspirado André Martins, uma solução nova que dava ao miúdo amplas liberdades atrás do trio da frente. Não houve muito tempo para ver se esta novidade dava resultado, no entanto percebeu-se que Carlos Mané não é rapaz para se intimidar com as responsabilidades, pela forma desassombrada como mexeu logo com o jogo.

Mas o futebol é um jogo e como tal são muitas as variáveis que podem influenciar o seu desenrolar, entre as quais estão os erros individuais e a sorte. Foi assim que na sequência de uma invenção de Jefferson, que a bola bateu em Maurício e espetou-se na baliza.

Durante alguns minutos pensei que o velho fado das fatalidades estava de volta na pessoa do central brasileiro, a viver uma semana negra na sua ainda curta passagem pelo Sporting, mas Leonardo Jardim reagiu rapidamente, lançando mão do já famoso plano b com a entrada de Islam Slimani, que não demorou muito tempo a surtir efeito.

Percebeu-se então que a reviravolta seria apenas uma questão de tempo e Jardim voltou a acertar em cheio quando lançou André Carrillo para o lugar do apagado Heldon. De facto foi dos pés de do peruano que saiu o cruzamento fatal para que Carlos Mané confirmasse novamente o seu faro pelo golo e que golo.

E pronto aí está o Sporting sob a batuta de Jardim, a confirmar a sua candidatura ao 2º lugar, pelo menos por agora. Mas sábado teremos mais um teste complicado frente ao Braga e mais uma vez com a equipa a ter de ser remendada, agora devido às ausências forçadas de Adrien Silva e de Fredy Montero.

Aqui há que dizer que se o colombiano está a precisar de descanso e  Islam Slimani deixa-nos descansados, o médio luso-francês é uma das peças mais difíceis de substituir neste onze, onde diga-se que poderia e deveria ficar, não fosse o cartão amarelo que o árbitro lhe resolveu mostrar sem qualquer razão.

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