Morrer na praia

Numa jornada em que se pediam golos, Leonardo Jardim não pôde contar com o moralizado Islam Slimani, que teria em Penafiel um jogo à sua medida e, assim as atenções viram-se para Fredy Montero que atravessa um momento menos bom, depois de um arranque de temporada fulminante, mas o colombiano voltou a não encontrar o caminho da baliza, embora tenha tentado, no entanto as coisas raramente lhe saíram a preceito.

Marcelo Boeck, Eric Dier, Carlos Mané e Vítor foram as novidades apresentadas por Jardim no onze inicial e, diga-se que se os primeiros três responderam afirmativamente, o médio teve uma prestação muito pobre, confirmando-se com uma contratação pouco feliz.

Há também que referir que a equipa da casa encarou este jogo como se não houvesse amanhã e alturas houve em que parecia que os seus jogadores tinham comido veneno, o que naturalmente criou algumas dificuldades ao Sporting, que ainda por cima entrou com nove jogadores e meio, dada a ausência de Vítor, que ainda por cima acabou por ficar ligado ao golo do Penafiel e, a um Fredy Montero que só apareceu na 2ª parte.

Assim foi com naturalidade que Leonardo Jardim lançou Wilson Eduardo ainda na 1ª parte e, o empate chegou sem surpresa um pouco antes do intervalo, numa altura em que o Porto perdia no Dragão, pelo que o Sporting liderava o Grupo B desta Taça da Liga.

Na 2ª parte o Sporting intensificou o seu domínio chegando sem grandes dificuldades ao 3-1, enquanto o Porto continuava a perder, pelo que tudo parecia bem encaminhado, mas o golo do empate à beira do fim do jogo do Dragão, deixou tudo novamente em aberto e, enquanto em Penafiel o Sporting desligava os motores e terminava o jogo com uma vitória justa e tranquila, no Porto continuava-se a jogar até ao tal penalti que tudo mudou.

Estiveram bem o treinador e o Presidente do Sporting quando no final do jogo apontaram o dedo à Liga, por não terem sido tomadas providências no sentido de que os dois jogos se iniciassem ao mesmo tempo, mas Bruno de Carvalho voltou a exceder-se quando estendeu os seus protestos à arbitragem, pois a verdade é que o penalti sobre Ghilas é mais claro do que aquele que esteve na origem do 3º golo do Sporting e, se é verdade que na jornada anterior o 4º golo do Porto é obtido num claro fora de jogo, também não podemos esquecer que em Alvalade o Marítimo se pode queixar de pelo menos um penalti que ficou por assinalar.

As criticas quando pecam por excesso descredibilizam quem as faz e desta vez mais valia que o Presidente do Sporting tivesse ficado calado e, já agora, que a equipa tivesse jogado os 90 minutos. Assim lá se foi outra vez a taça a quem ninguém liga.

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