Uma equipa belissíma!

O Sporting isolou-se na liderança do campeonato, terminando a campanha do Minho 100% vitorioso, mas mais do que isso fê-lo de uma forma categórica, jogando como um verdadeiro candidato ao título, que neste momento já é, mesmo que para fora, estrategicamente ninguém o assuma.

Bastaram 19 minutos para que surgisse o primeiro golo que já se adivinhava como inevitável, tal era o domínio do Sporting, que a ganhar por 1-0 talvez devesse ter aproveitado para ir rapidamente à procura do segundo golo, numa altura em que o Gil Vicente estava à beira do KO e sem capacidade para reagir.

No entanto com o aproximar do intervalo o Sporting foi tirando o pé do acelerador e os galos começaram a pôr a crista de fora, embora não se possa dizer que tivessem incomodado Rui Patrício.
No entanto a 1ª parte terminou numa toada de algum equilíbrio.

O Sporting veio do intervalo com uma renovada vontade de acabar com o jogo e Wilson Eduardo falhou o 2-0 de uma forma escandalosa, naquele que poderia ter sido um momento importante para o jogo.

Costuma-se dizer que quem não marca sofre e a verdade é que logo a seguir Paulinho teve a primeira grande oportunidade de empatar a partida, mas aí valeu Rui Patrício que com uma defesa providencial, segurou o 1-0, mas não evitou que o Gil Vicente tivesse ganhou uma nova alma nesse lance, que também poderia ter alterado o rumo do jogo.

Mas o que mudou mesmo tudo numa altura em que o jogo entrava na sua fase decisiva, foi a expulsão de Pecks na sequência de uma entrada tão estupida como desnecessária, uma decisão justa do árbitro mas que não deixou de me surpreender tal a dualidade de critérios utilizada até aí no capitulo disciplinar, uma tendência que de resto se acentuou daí para afrente, tendo como melhor exemplo o ridículo cartão amarelo mostrado a Marcos Rojo.

Com mais um jogador percebeu-se que o 2-0 seria apenas uma questão de tempo, até porque o treinador do Gil optou pela máxima de "perdido por um perdido por mil" e não recuou a sua equipa, enquanto Leonardo Jardim apenas lançou André Carrillo, seguindo outro principio muito válido, como é o de "em equipa que ganha não se mexe".

De facto a exibição do Sporting podia não estar a ser brilhante, mas estava a ser muito segura e bem conseguida, de tal forma que não se justificavam alterações e, não havendo muito por onde escolher no banco, percebeu-se que Jardim não tivesse mexido para além da tradicional troca de extremos.

Assim o 2-0 surgiu com naturalidade e com mais um jogador, pensei que o Sporting pudesse partir para um fim de jogo com nota artística e mais um ou outro golinho, mas a verdade é que a equipa se desligou e foi o Gil Vicente que esteve mais perto do reduzir a desvantagem no marcador, do que o Sporting de aumentar o score, numa altura em que Leonardo Jardim resolveu dar mais alguns minutos a Diogo Salomão e a Islam Slimani.

No final o resultado é inteiramente justo, correspondendo a uma exibição muito segura de uma equipa cada vez mais consistente, que justifica inteiramente a liderança que actualmente ocupa na tabela classificativa.

O Sporting é nesta altura mais do que um candidato ao título, pois aparenta mesmo ter estofo de Campeão e transmite uma estranha confiança aos seus adeptos que cada vez mais acreditam no sonho que parecia impossível, mas ainda é cedo para festejar, embora a proximidade do Natal tenha de ser encarada com muito optimismo.




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