Que pasteis tenrinhos.

O Sporting segurou sem grandes dificuldades a liderança da Liga, perante um Belenenses que me pareceu ser a pior equipa que eu vi esta temporada, apostando claramente na táctica do autocarro, mas sem nenhuma ambição de explorar o contra ataque e, nem mesmo depois de estarem em desvantagem no marcador foram capazes de incomodar Rui Patrício, de tal forma que não criaram uma única jogada de perigo junto às balizas leoninas.

É verdade que a resistência belenense durou quase meia hora, período em que o Sporting não conseguiu criar oportunidades de golo e que só foi quebrado por um penalti inexistente fruto da falta de qualidade de um árbitro ridículo, que quanto muito devia andar a entreter-se com apitos nos regionais. Antes disso apenas uma jogada de perigo protagonizada por André Carrillo, que parece querer acordar, mas a que Diego Capel não conseguiu dar o melhor seguimento.

No entanto não foi por sofrer esse golo que o Belenenses quebrou, pois a estratégia destes pastelinhos em nada mudou depois do 1-0, embora até ao intervalo Fredy Montero, em noite menos inspirada, tivesse desperdiçado a possibilidade de arrumar logo ali a questão, enquanto o apitador de serviço compensava o penalti inventado, deixando passar um claríssimo empurrão de Meira, bem dentro da área.

Depois do intervalo esperava-se uma reacção do Belenenses, mas foi o Sporting que continuou a dominar tranquilamente o jogo, pelo que o 2-0 não demorou muito, chegando por intermédio de André Martins, que parece estar finalmente a atravessar uma fase de afirmação, numa posição onde tem faltado quem faça a diferença.

Nem a perder por dois golos o Belenenses reagiu e, só a 20 minutos do fim é que resolveram meter um ponta de lança, quando Leonardo Jardim já se preparava para fazer as suas habituais substituições, desta vez sem mexer no desenho da equipa, mas que resultaram no 3-0 e poderiam até ter dado para mais, tal a fome de golos de Wilson Eduardo e Islam Slimani, bem demonstrativa da saúde desta equipa.

No final o 3-0 aceita-se, num jogo fácil em que nem foi preciso forçar muito para o Leão devorar estes tenrinhos saborosos pasteis de Belém.

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