O que era difícil tornou-se obrigatório

O jogo e ontem em Braga ficou decisivamente marcado pela expulsão de Santos, que alterou claramente o cariz da partida que até a essa altura tinha sido muito equilibrada tal como se previa e ao contrário do que o Prof. Jesualdo afirmou no final do jogo, onde falou de coisas que mais ninguém viu, numa manifestação de mau perder e de alguma azia.

Leonardo Jardim surpreendeu ao dar a titularidade a Diogo Salomão e castigou a última exibição menos conseguida de Eric Dier, com o regresso de Marcos Rojo ao centro da defesa e, se o argentino respondeu com uma exibição segura, o extremo português revelou uma natural falta de ritmo e teve algumas dificuldades na hora de ajudar o seu lateral.

O Braga respondeu bem ao golo madrugador de Fredy Montero mas o equilíbrio era a nota dominante até ao momento decisivo do jogo, altura em que o Sporting passou a jogar com mais um jogador e a ter a responsabilidade de ganhar um jogo que à partida se sabia ser muito complicado.

Até ao fim da 1ª parte o Sporting tentou aproveitar a natural desorganização do Braga, mas sem êxito, e no intervalo os treinadores seguramente que prepararam as suas equipas para um cenário diferente daquele que tinham previsto.

Talvez o Prof. Jesualdo estivesse na expectativa de que Leonardo Jardim arriscassem um pouco mais, dando algum espaço para que o Braga saísse nas transições rápidas, mas o treinador do Sporting não é homem para grandes aventuras e inicialmente limitou-se a fazer trocas directas, tirando os jogadores de menor rendimento e preferindo manter a sua estratégia, sem nunca perder a paciência necessária para ultrapassar as linhas de um Braga fechado num 4x4x1.

Só perto do fim Leonardo Jardim apostou na entrada de Islam Slimani, um jogador que continua a mostrar muito pouco, mas a vitória acabou por chegar na sequência de um remate de fora da área, que foi um justo prémio para uma equipa que nunca se desorganizou, mostrando uma surpreendente maturidade, perante um adversário mais experiente.

Individualmente Cédric Soares e Fredy Montero foram as figuras em destaque, mas quem me encheu mesmo as medidas foi Alan, um jogador e peras, que não percebo como é que não foi aproveitado no Porto, e que encheu o campo com a sua experiência e sagacidade, em oposição à falta de inteligência de André Carrillo, um jogador com muito potencial mas que irrita o mais calmo dos adeptos, pela forma displicente como encarra o jogo.

Em conclusão penso que foi uma vitória merecida e muito importante, depois do tropeção do passado fim de semana, numa altura em que era fundamental não quebrar o ânimo da equipa, que assim disse presente e me deixou cada vez mais confiante no sucesso deste novo Sporting.

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