À moda antiga

O Sporting iniciou o campeonato com uma goleada sobre o modesto Arouca, um resultado moralizador, mas de certa forma também algo enganador.

O jogo começou com uma toada de equilíbrio com o Arouca a conseguir manter o Sporting longe da sua baliza e só de bola parada é que os Leões conseguiram criar perigo, principalmente quando Adrien Silva atirou ao poste.

O Arouca chegou à vantagem na sequência de um canto, onde mais uma vez foram visíveis as falhas de marcação da defesa leonina e nessa altura pairaram em Alvalade os fantasmas das últimas temporadas.

No entanto o Sporting reagiu bem e ainda antes do intervalo deu a volta ao resultado, aproveitando as debilidades da equipa adversária, numa altura em que Leonardo Jardim já se preparava para mexer na equipa, substituindo o desinspirado Gerson Magrão, que não me parece que possa vir a ser o médio ofensivo desta equipa.

Na 2ª parte o Arouca voltou a entrar melhor e foi a vez de Rui Patrício segurar o resultado, até que Wilson Eduardo fez 3-1, um prémio merecido para um jogador que parece querer agarrar a oportunidade que o treinador lhe está a dar, para ocupar o lugar de avançado com maior mobilidade, que possa alternar entre o apoio a Fredy Montero e ocupação de espaços mais laterais, o que tem feito muito bem.

Depois do 3º golo o Sporting arrancou então para a goleada, com o colombiano Fredy Montero a brilhar com mais dois golos de belo efeito, perante a satisfação de um plateia animada pelo regresso do futebol ao domingo à tarde.

Para além dos jogadores já referidos não posso deixar de destacar mais uma vez a exibição de William Carvalho, que tem tudo para ser um trinco de grande nível e a boa entrada de Diego Capel, um profissional de mão cheia que não se deixou abater pela sua condição de suplente.

Enfim foi um excelente resultado com uma exibição positiva, embora sem ser brilhante, havendo ainda a corrigir alguns pormenores na defesa, onde na minha opinião Eric Dier deveria ser sempre titular, faltando também neste plantel um jogador com as características do chamado nº 10, que quem sabe possa vir a ser Filipe Chaby.

E por falar nele, tive pena que Leonardo Jardim não tivesse aproveitado este jogo para o lançar, mas compreendo a entrada de Fabián Rinaudo, numa lógica de gestão do balneário.

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