A Assembleia Geral de 30 de Junho

Tal como eu havia previsto a reestruturação financeira foi aprovada sem dificuldades, pois nestas situações os sócios geralmente apoiam as Direcções quase cegamente. A excepção aconteceu no tempo de Soares Franco, quando havia uma oposição organizada, o que agora não é o caso, numa altura em que Bruno de Carvalho até atravessa a fase do estado de graça.

Por outro lado a verdade é que também não se vislumbram alternativas, pelo que não sendo a oitava maravilha do mundo, esta reestruturação só podia ser aprovada, mesmo que não signifique a resolução dos graves problemas financeiros que o Sporting atravessa, que em alguns casos são adiados e noutros apenas camuflados pelas já habituais engenharias financeiras, mas nesta altura duvido que se pudesse fazer muito melhor do que isto.

Na realidade fica tudo mais ou menos na mesma, porque a única coisa que mudou substancialmente é que deixamos de ter uma Direcção com credibilidade junto à banca e passámos a ter uma Direcção credível para os sócios do Sporting, como o demonstram os 97% conseguidos nesta AG, que com outra Direcção e as mesmas propostas, teria tido um resultado muito diferente.

Parece que a estreia de Jaime Marta Soares na direcção de uma AG do Sporting não foi lá muito feliz, o que de resto me veio dar razão quando votei em branco para este órgão. O homem é um politiqueiro sem perfil para o cargo que desempenha e dali não se podia esperar muito mais. Esperemos que não se veja metido em situações complexas, como as que com que Eduardo Barroso teve de lidar.

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