A reestruturação financeira

Foi finalmente marcada a Assembleia Geral que visa a aprovação da reestruturação societária e financeira do Grupo Sporting e depois de uma analise empírica e não muito profunda às as propostas do Conselho Directivo, não posso dizer que tenha ficado decepcionado e muito menos entusiasmado.

A situação é complicadissíma e não estava à espera de milagres, mas basicamente parece-me que vamos ter mais do mesmo, ou seja engenharias financeiras, que cortam aqui, empurram para ali, mas na prática fica tudo na mesma, ou talvez até pior.

O prazo da divida é alargado, a dívida à banca cresce e vá lá que aceitaram o estádio como garantia, a Holdine ficam com 20 milhões de acções da SAD a um preço acima do mercado, restando saber a troco de quê e, saber quem vai pegar nos outros 18 milhões e já agora para que é que esse dinheiro vai servir.

O mais surpreendente para mim é a questão das VMOC's, porque choca frontalmente com o principio defendido de manter a maioria do capital social da SAD. Para além disso confesso que não entendi qual é o alcance desta medida.

De qualquer forma já se sabe que os sócios vão aprovar e também não há outra alternativa, pois esta Direcção chegou agora e temos que os deixar trabalhar dentro das muitas limitações com que eles se estão a deparar. Para já o objectivo tem de ser manter o barco à tona de água.

O que me parece necessitar de explicação, são as alterações propostas aos estatutos, que julgo não fazerem sentido nesta altura, mas deve haver uma razão para as terem metido no meio desta confusão toda.

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