Um jogo que não se podia perder

Depois das derrotas do Nacional, Rio Ave e Marítimo, e atendendo a que o Estoril joga amanhã no Estádio da Luz, o Sporting entrou em Paços de Ferreira praticamente a depender de si para garantir o apuramento para a Liga Europa da próxima temporada, pelo que era fundamental ganhar este jogo, que se previa muito difícil.

As duas equipas respeitaram-se mesmo que ambas precisassem de ganhar este jogo, mais o Sporting de que o Paços de Ferreira, é certo, mas a 1ª parte foi dividida, embora fossem do Sporting as duas únicas oportunidades, desperdiçadas por André Martins e Marcos Rojo, que marcou de uma forma rídicula um livre perigosissimo.

De resto o Sporting é actualmente uma equipa que já consegue ter um razoável volume de jogo ofensivo, mas depois o ponta de lança parece estar divorciado dos seus companheiros, e o desaproveitamento das bolas paradas é enervante, e assim torna-se difícil fazer golos.

Na 2ª parte o Sporting apareceu mais inconformado, enquanto o Paços parecia acima de tudo preocupado em segurar o empate para o qual o jogo caminhava, quando entrámos naquele período em que os treinadores geralmente mexem nas suas equipas, não sem que antes Pedro Proença se tenha armado em Capela, deixando mais um penalti por marcar.

Com uma hora de jogo Jesualdo Ferreira resolveu fazer uma dupla substituição. Pareceu-me que era muito cedo para mexer, pois na altura o Sporting estava por cima, e se a saída de Stijn Schaars se entendia por se tratar de um jogador que vinha de uma lesão, a troca de André Martins por Valentín Viola já nem por isso, pois o 28 estava a ser um dos melhores Leões em campo.

No entanto percebeu-se que a intenção de Jesualdo Ferreira era dar um cariz mais ofensivo à equipa, numa tentativa de arrancar para a vitória, mas não foi feliz nas trocas, primeiro porque o argentino não acrescentou nada à equipa e depois porque Adrien Silva não demorou muito tempo para borrar a pintura, ao perder de uma forma displicente uma bola à entrada da sua área, obrigando Fabián Rinaudo a fazer uma falta numa zona perigosa.

E ironicamente foi na sequência desse livre que o Paços ganhou o jogo, praticamente na única oportunidade de golo que teve. O Sporting sentiu o golo, apesar da entrada de André Carrillo ainda ter mexido com a equipa, o que reforçou a ideia de que a opção por Valentín Viola não foi a melhor,

Daí até ao fim a equipa nunca revelou o esclarecimento suficiente para ultrapassar um adversário disposto a morrer em campo, na defesa de um resultado que os coloca muito próximo de um impensável 3º lugar.

Com esta derrota o Sporting em vez de passar a depender de si próprio, agora depende de uma conjugação de resultados cada vez menos provável, tendo não apenas de ganhar os seus dois jogos, como de esperar por duas derrotas do Estoril e um empate do Rio Ave, o que não sendo impossível, é bastante complicado de se verificar.

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