Leõezinhos arranham mas ainda não matam

Separados por 30 pontos e com o FC Porto numa luta ombro a ombro com o Benfica pela liderança do campeonato, poucos seriam os que acreditavam que este Sporting poderia bater o pé aos portistas e houve mesmo quem falasse de uma previsível goleada.

Foi perante este cenário de grandes dificuldades que Jesualdo Ferreira decidiu alterar substancialmente a equipa, especialmente no meio-campo, que se apresentou com um cariz mais defensivo do que é habitual, e com a novidade Eric Dier, que ocupou um dos vértices do triângulo desenhado pelo Professor para emperrar a esperada supremacia do FC Porto, e mais uma o miúdo inglês vez mostrou ser um jogador de grande carácter, que tem tudo para ir muito longe, como de resto o treinador leonino referiu depois do jogo.

Os primeiros minutos foram difíceis para o Sporting e Jackson Martinez conseguiu por diversas vezes e com relativa facilidade, arranjar espaço para visar a baliza de Rui Patrício, mas nunca acertou e com o tempo o Porto foi perdendo gás e o Sporting foi serenando, de tal forma que a melhor oportunidade acabou por ser a de Van Wolfswinkel já perto do intervalo.

O cariz do jogo manteve-se na 2ª parte, com o FC Porto a dominar mas sem conseguir criar grande perigo junto às balizas leoninas, e o Sporting a apostar tudo na sua boa organização defensiva e nas poucas oportunidades que tinha para sair rápido para o contra ataque, que se foram tornando cada vez mais perigosas, principalmente depois da entrada de Bruma para o lugar do desinspirado Labyad.

A 15 minutos do fim  Jesualdo Ferreira decidiu lançar André Carrillo retirando Adrien Silva, uma substituição que podia ser vista como um sinal de fé na vitória, mas que era seguramente um risco que poderia acabar mal, pois desmontava uma estratégia que até aí estava a resultar.

No entanto a entrada em acção do árbitro ao expulsar Marcos Rojo, de uma forma que no mínimo se pode considerar muito rigorosa, acabou por alterar o cariz do jogo nos últimos 15 minutos, obrigando Jesualdo Ferreira a lançar mais um júnior, enquanto Vítor Pereira arriscava o que podia, mas sem resultados, e mesmo assim se Van Wolfswinkel e André Carrillo tivessem tido um pouco mais de sangue frio, o Sporting bem poderia ter ganho o jogo, só com 10 jogadores em campo.

No final o empate acaba por se aceitar, mas esperava-se muito mais do líder do campeonato, perante os leõezinhos que não se amedrontaram e que mereceram inteiramente o ponto conquistado, acabando por estar mesmo mais perto da vitória, dispondo das melhores oportunidades de golo.

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