A vez do Professor

Muito se tem falado na juventude e inexperiência desta equipa do Sporting, para justificar alguns resultados menos conseguidos, no entanto a verdade é que quer no Estoril, quer no último jogo contra o FC Porto, foram os jogadores mais conceituados que falharam, e agora em Coimbra foi a vez de um muito experiente treinador fazer asneira.

Jesualdo Ferreira vá-se lá saber porquê, terá descoberto que Eric Dier poderá vir a ser o Beckembauer do Sporting, e assim num jogo em que precisava de ganhar, resolveu manter o meio-campo com tracção atrás, que compreensivelmente tinha utilizado num desafio em que todos esperavam que o Sporting fosse facilmente esfolado, pelo até aí líder do campeonato, uma decisão que implicou também a aposta num júnior para o lugar de defesa central.

Os resultados ficaram à vista logo no início do jogo, de tal forma que já nos aproximávamos dos 10 minutos, quando a bola pela primeira vez entrou na área da Académica, obrigando o guarda redes Ricardo a dar um pequeno toque para um colega.

De resto a inoperância da equipa em termos ofensivos durante a 1ª parte foi total e o melhor que se conseguiu foi um livre em posição frontal, que resultou no primeiro remate à baliza adversaria, por intermédio de Eric Dier, um jogador que realmente não deixa dúvidas a ninguém, principalmente pelo seu carácter, mas a quem não se pode pedir tanto.

Como se tudo isto não bastasse foi Fabrice Fokobo  o responsável por um penalti desnecessário, que deu a vantagem a uma Académica, que na altura dominava completamente o jogo.

O Sporting sentiu claramente o golo e percebeu-se que não havia ninguém em campo capaz de tranquilizar a equipa, que só não levou o segundo porque Rui Patrício mais uma vez estava lá para minorar os estragos.

Ao intervalo Jesualdo Ferreira lá emendou as asneiras, e o Beckembauer voltou a ser simplesmente Eric Dier, com Labyad a entrar para dar outra dimensão ofensiva ao meio campo leonino, enquanto André Carrillo substituía Bruma, que era o terceiro júnior em campo.

O Sporting melhorou um pouco, mas mesmo assim só depois da entrada de André Martins e principalmente com o tónico que foi o golo de Van Wolfswinkel, é que conseguiu empurrar a Académica lá para trás e aí até poderia ter ganho o jogo, o que diga-se seria um prémio excessivo para uma equipa que só jogou como se impunha durante 15 minutos, só que desta vez a responsabilidade foi toda do treinador.

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