Regresso ao passado

O regresso de Labyad e o lançamento de Bruma foram as novidades apresentadas por Jesualdo Ferreira, num jogo onde assistimos a um retrocesso ao passado em termos exibicionais, que não pode ser apenas explicado pelo facto de entre os 18 convocados, estarem 7 jogadores que começaram a época na equipa B.

Já se sabe que a receita das equipas que visitam Alvalade é sempre a mesma: uma boa organização defensiva e depois é esperar que o tempo passe e que o golinho do costume caia do céu. 

É simples e tem dado quase sempre certo, porque o futebol do Sporting é lento e demasiadamente previsível, ainda por cima com um ponta de lança que tem uma taxa de aproveitamento de oportunidades muito baixa, enquanto a defesa comete erros primários e o meio campo inventa problemas com sucessivas perdas de bola.

O resultado foi o que se viu ontem, muita troca de bola sem objectividade. Van Wolfswinkel a falhar as poucas oportunidades que teve e Rui Patrício a minorar os estragos, enquanto pode, porque o Marítimo mesmo indo poucas vezes lá à frente, quando chegava, chegava com perigo.

Depois as soluções no banco praticamente não existem, e  nem André Carrillo foi capaz de acrescentar nada à equipa, rendendo menos do que o jovem Bruma, que até mostrou pormenores que parecem apontar para a possibilidade de estar ali um jogador com muito futuro.

Não percebi bem porque é que a equipa perdeu a intensidade que chegou a mostrar noutros jogos, mas talvez tenha sido mérito do Marítimo, que realmente revelou ser um conjunto muito maduro. No entanto exige-se outro andamento e estes resultados começam a ser preocupantes.

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