A lei de Murphy

A lei de Murphy é a nova explicação encontrada pelos teóricos da bola para justificar as sucessivas derrotas deste Sporting, que não pára de bater recordes pela negativa, de tal forma que já está encostado à linha de água, envolvido portanto na luta pela sobrivivência. Quem diria que este plantel milionário ia cair tão baixo.

Desta vez Frank Vercauteren apostou num 4x1x4x1, com Fabián Rinaudo na posição de trinco e uma linha de 4 jogadores no apoio a Van Wolfswinkel, e até se pode dizer que o Sporting esteve uns furos acima daquilo que tem feito ultimamente, o que também não era difícil se tivermos em conta a miséria que se viu em Vila do Conde.

Mesmo assim o meio campo continua a não funcionar e não se entende a insistência em Danijel Pranjic, que continua a ser um jogador a menos, enquanto Fabián Rinaudo luta e corre muito, mas comete erros de posicionamento e de marcação verdadeiramente inacreditáveis, para além de ser um desastre nas transições, falhando passes atrás de passes.

Diga-se também que o Paços de Ferreira pouco fez para incomodar Rui Patrício, que para variar teve uma noite relativamente tranquila, mas aqui entra a tal lei de Murphy, é que mesmo assim bastou uma oportunidade de golo para que os pacenses ganhassem o jogo.

O golo em cima do intervalo matou o Sporting que não foi capaz de reagir, com Frank Vercauteren a demorar uma eternidade para mexer na equipa, que fez uma 2ª parte muito fraca, em que nem sequer se viu o necessário inconformismo para se tentar dar a volta à situação, de tal forma que o empate nunca esteve perto de acontecer.

A equipa deixou-se abater, vivendo de um ou outro fogacho e jogando sobre brasas, pelo que a derrota acabou por ser inevitável, mesmo que o Paços pouco tenha feito por isso, mas também não foi preciso.

No final as bancadas viraram-se para Godinho Lopes, que continua agarrado ao cadeirão, já não se percebe bem porquê, arriscando-se a vir a ser o primeiro Presidente destituído pelos sócios, numa altura em que o Clube está também pela primeira vez na sua rica história, envolvido na luta contra a despromoção. Será que é preciso ir mais para o fundo para o homem se demitir?

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