Uma estreia infeliz

Na sua estreia no banco do Sporting Frank Vercauteren não operou revoluções na equipa, mantendo o 4x3x3 para o qual este plantel foi desenhado, mas mesmo assim já foi possível ver algumas diferenças em termos de atitude colectiva perante o jogo, o que fez com que o Sporting dominasse grande parte do encontro e até criasse várias oportunidades de golo, coisa que raramente se viu nos jogos anteriores.

O que não mudou foram as brancas da defesa, uma certa falta de sorte que até já parece fado e a arbitragem tendenciosa, que perdoou uma expulsão ao Ricardo Silva, permitiu o excesso de dureza habitual nas equipas do Mota e nos foras de jogo em caso de dúvida foi sempre para o mesmo lado.

Quanto ao jogo, o Sporting tentou de facto assumir o comando das operações e até reagiu bem ao azar que foi o primeiro golo, mas sentiu  muito o 2-1, que foi um verdadeiro soco no estômago de uma equipa que em termos anímicos está destroçada.

Individualmente a dupla Insúa/Jeffrén funcionou bem, enquanto do lado contrário Labyad não aproveitou a oportunidade e Cedric Soares voltou a ficar ligado aos golos do adversário, começando a ficar marcado por estes erros, depois de um arranque muito prometedor.

O problema dos centrais subsiste e de contratação em contratação a defesa está na mesma ou pior, de tal forma que já há quem tenha saudades do Polga. O que é certo é que Boulahrouz, Xandão e até Marcos Rojo ainda não convenceram ninguém.

No meio campo Fabián Rinaudo, Stijn Schaars e Izmailov formaram o primeiro trio eleito por Frank Vercauteren, mas ainda falta intensidade ao jogo do russo, enquanto o holandês parece um jogador acomodado, totalmente diferente daquele que há um ano atrás se impôs rapidamente como titular indiscutivel neste importante sector da equipa. Quanto ao argentino, é realmente um lutador, embora ás vezes se exceda e seja pouco disciplinado tácticamente, só não percebi a sua saída para dar lugar a um Elias que para mim é um caso perdido.

No ataque Van Wolfswinkel fartou-se de levar porrada perante a complacência do apitador, mas continua a falhar muito à frente da baliza, no entanto a concorrência resume-se a Betinho, um miúdo que tem sido lançado às feras e no qual deposito algumas esperanças, no entanto está ainda muito verde e a Equipa B é o lugar certo para garantir a sua evolução.

Com esta derrota a coisa ficou ainda mais preta, e agora seguem-se duas verdadeiras finais, onde depois da Taça e do Campeonato podem ficar arrumadas as aspirações do Sporting na Liga Europa e na luta pelo 3º lugar. Vamos ver a resposta de  Frank Vercauteren a estes desafios.

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