A poucas horas do grande embate, estou muito curioso para ver como é que o Paulo Bento vai posicionar a equipa no terreno, porque este é um daqueles jogos onde a estratégia pode ter um papel decisivo.
Estive ontem a ver o Espanha-Croácia que tinha acompanhado a espaços e deu para perceber que os croatas bloquearam o jogo espanhol com um 4x5x1, que depois desfizeram quando precisaram de arriscar. Até aí a estratégia de Bilic resultou na perfeição, tal como tinha resultado o 3x5x2 da Itália.
Em comum nestes dois jogos tivemos o superpovoamento do meio campo para bloquear o até aqui quase imbatível tica-taca espanhol, mas o 4x3x3 de Portugal deixa-me algumas reservas em relação à forma de parar esta Espanha, que privilegia a posse de bola desgastando os seus adversários até finalmente encontrar um buraquinho por onde entrar, primando também pela eficácia na hora em que enfrentam a baliza de que por vezes parecem esquecer-se.
Assim julgo que será inevitável que Paulo Bento aproxime as linhas do meio campo e da defesa, podendo subir o sector mais recuado para conseguir uma pressão alta, que nesta altura da época não é fácil de pôr em prática e que implica muitos riscos em termos dos espaços concedidos nas costas da defesa, ou então recua o trio do meio-campo e aposta claramente nas transições rápidas, que não favorecem nada Hugo Almeida, podendo assim deixar Ronaldo muito isolado, até porque Nani também vai ter de se preocupar com Jordi Alba, sendo que este poderá ser um duelo decisivo para o desfecho desta meia-final.
Seja qual for a estratégia adoptada por Paulo Bento, se a equipa não se aguentar e sofrer um golo cedo, as coisas vão ficar muito complicadas, porque depois eles escondem a bola e é um problema para recuperá-la. Mas se o jogo se for arrastando, há que esperar as tradicionais entradas de jogadores como Pedro e Navas, para alargar o campo e abrir espaços no meio, o que resultará em novos e diferentes problemas para a nossa defesa.
Do lado português há que tentar também ter a bola e apostar na superior qualidade e grande motivação do Ronaldo, mas para isso é preciso que a bola lhe chegue em condições, o que nem sempre aconteceu nos jogos anteriores.
Marcar primeiro será muito importante, mas depois de se conseguir a desejada vantagem no marcador, será preciso não recuar muito e manter a cabeça fria, porque nesse caso é inevitável que Del Bosque lance um jogador possante como Llorente.
Depois há os detalhes que às vezes resolvem estes jogos, como um erro imprevisivel ou um momento de inspiração que tudo muda, esperemos que a acontecerem sejam a nosso favor.
Há também que ter cuidado com a arbitragem. Acho que fizeram bem em falar para mostrarem que estão atentos, mas é importante que os jogadores mantenham a calma e não se deixem irritar nem desconcentrar por eventuais erros do árbitro. Principalmente o João Pereira, que é um perigo nestas situações, até porque se houver algum fundamento nas desconfianças levantadas o melhor será ter mesmo muito cuidado com o turco.
Agora já estamos naquela altura em que o nervosinho miudinho já se apoderou de todos nós, pelo que só nos resta esperar pela hora do jogo e estarmos preparados para sofrer. Não sou homem de acreditar no sobrenatural, mas estou cá com um palpite que desta vez passamos, no entanto acho que infelizmente no fim se irá confirmar a velha máxima de Gary Linicker, embora deseje que a Final seja com Itália. Forza ragazzos!
Estive ontem a ver o Espanha-Croácia que tinha acompanhado a espaços e deu para perceber que os croatas bloquearam o jogo espanhol com um 4x5x1, que depois desfizeram quando precisaram de arriscar. Até aí a estratégia de Bilic resultou na perfeição, tal como tinha resultado o 3x5x2 da Itália.
Em comum nestes dois jogos tivemos o superpovoamento do meio campo para bloquear o até aqui quase imbatível tica-taca espanhol, mas o 4x3x3 de Portugal deixa-me algumas reservas em relação à forma de parar esta Espanha, que privilegia a posse de bola desgastando os seus adversários até finalmente encontrar um buraquinho por onde entrar, primando também pela eficácia na hora em que enfrentam a baliza de que por vezes parecem esquecer-se.
Assim julgo que será inevitável que Paulo Bento aproxime as linhas do meio campo e da defesa, podendo subir o sector mais recuado para conseguir uma pressão alta, que nesta altura da época não é fácil de pôr em prática e que implica muitos riscos em termos dos espaços concedidos nas costas da defesa, ou então recua o trio do meio-campo e aposta claramente nas transições rápidas, que não favorecem nada Hugo Almeida, podendo assim deixar Ronaldo muito isolado, até porque Nani também vai ter de se preocupar com Jordi Alba, sendo que este poderá ser um duelo decisivo para o desfecho desta meia-final.
Seja qual for a estratégia adoptada por Paulo Bento, se a equipa não se aguentar e sofrer um golo cedo, as coisas vão ficar muito complicadas, porque depois eles escondem a bola e é um problema para recuperá-la. Mas se o jogo se for arrastando, há que esperar as tradicionais entradas de jogadores como Pedro e Navas, para alargar o campo e abrir espaços no meio, o que resultará em novos e diferentes problemas para a nossa defesa.
Do lado português há que tentar também ter a bola e apostar na superior qualidade e grande motivação do Ronaldo, mas para isso é preciso que a bola lhe chegue em condições, o que nem sempre aconteceu nos jogos anteriores.
Marcar primeiro será muito importante, mas depois de se conseguir a desejada vantagem no marcador, será preciso não recuar muito e manter a cabeça fria, porque nesse caso é inevitável que Del Bosque lance um jogador possante como Llorente.
Depois há os detalhes que às vezes resolvem estes jogos, como um erro imprevisivel ou um momento de inspiração que tudo muda, esperemos que a acontecerem sejam a nosso favor.
Há também que ter cuidado com a arbitragem. Acho que fizeram bem em falar para mostrarem que estão atentos, mas é importante que os jogadores mantenham a calma e não se deixem irritar nem desconcentrar por eventuais erros do árbitro. Principalmente o João Pereira, que é um perigo nestas situações, até porque se houver algum fundamento nas desconfianças levantadas o melhor será ter mesmo muito cuidado com o turco.
Agora já estamos naquela altura em que o nervosinho miudinho já se apoderou de todos nós, pelo que só nos resta esperar pela hora do jogo e estarmos preparados para sofrer. Não sou homem de acreditar no sobrenatural, mas estou cá com um palpite que desta vez passamos, no entanto acho que infelizmente no fim se irá confirmar a velha máxima de Gary Linicker, embora deseje que a Final seja com Itália. Forza ragazzos!
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