Melão, a fruta da época

Mais uma vez consegui arranjar o bilhete mágico que me permitiu estar no Jamor, era a minha 4ª Final da Taça, depois de 2002, 2007 e 2008, mas desta vez ao contrário das outras, saí de lá com um grande melão.

A viagem começou com o atraso do costume no aeroporto das Lajes, que desta vez teve a vantagem de permitir o visionamento da Final da Liga dos Campeões, onde a derrota do Bayern mostrou que os melões são a fruta da época, e diga-se que eu até gostei de ver os alemães a perder daquela maneira, eles que geralmente não perdoam nos penaltis.

No domingo de manhã fui a Alcochete ver o Sporting-Benfica em Juvenis. Ganhámos 2-0 sem espinhas, deixando os lampiões com um grande melão, principalmente quando ao intervalo se sabia que o Porto estava a perder. Mas acima de tudo gostei de ver os miúdos, temos ali matéria prima para o futuro.

Finalmente chegámos ao Jamor e depois de umas saborosas bifanas bem acompanhadas por meia dúzia de imperiais, lá fomos para a bancada sofrer.

Desta vez Sá Pinto não conseguiu incutir na equipa a raça e a garra que o caracterizaram enquanto jogador, pois o Sporting entrou em campo com uma falta de atitude incompreensivel, principalmente depois de sofrer um golo tão cedo, que à primeira vista até poderia servir para acordar a equipa.

Mas não, a 1ª parte foi de um marasmo total. Praticamente não se rematou à baliza e as jogadas de perigo foram quase nenhumas, pelo que a Académica teve sempre o jogo controlado.

No 2º tempo esperava-se uma reacção imediata do Sporting, mas foi a Académica que teve duas excelentes oportunidades para matar o jogo, que Edinho desperdiçou.

Costuma-se dizer que quem não mata morre, e de facto logo a seguir foi a vez do Sporting finalmente se aproximar do golo, mas Capel e Van Wolfswinkel por duas vezes, imitaram Edinho.

Sá Pinto ainda arriscou o que pôde, mas os seus trunfos não acrescentaram nada à equipa, e à medida que o jogo se foi aproximando do fim, a Académica foi finalmente recuando, de tal forma que o empate voltou a estar à vista, no entanto já se jogava mais com o coração do que com a cabeça.

No final a vitória dos estudantes aceita-se, apesar das doses excessivas de anti-jogo com a complacência do tal Baptista que desta vez não ficou em casa, e que na verdade não teve influência no resultado, mas a forma passiva como esta nomeação foi aceite, foi um péssimo exemplo que a equipa resolveu seguir, tal como a resposta de Sá Pinto a Adrien tinha sido despropositada.

Assim desta vez o Sporting só se pode queixar de si próprio, tal foi a inoperância de uma equipa que mais uma vez mostrou um incompreensivel desgaste físico, e pior do que isso pareceu que os jogadores não perceberam a importância deste jogo, e daí obrigaram milhares de sportinguistas a regressarem a casa com o peso de um grande melão às costas, e a verdade é que nós não merecíamos isto.

Para finalizar na 2ª feira antes do regresso, tive o prazer de conhecer os companheiros da Wiki e o arquivo do Jornal do Sporting, foi uma tarde bem passada que ajudou a curar a ressaca e a criar coragem para aturar os lampiões que estavam à espera desta para nos cair em cima.

Ou seja a viagem foi quase perfeita, não fossem os gajos do costume a estragá-la

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