Apesar deste
jogo já não ter influência no desfecho final da tabela classificativa, os dois
treinadores respeitaram as equipas adversárias, até porque o Braga queria
ajudar Lima a ser o melhor marcador do Campeonato, e o Sporting queria
demonstrar que merecia melhor do que o modesto 4º lugar a que estava condenado.
Assim Sá
Pinto para além das mudanças obrigatórias no centro da defesa, limitou-se a dar
algum descanso a Diego Capel, lançando Jeffrén na equipa, o que acabou por ser
um dos atractivos deste jogo, pois o ex Barcelona era talvez de entre todas as
aquisições feitas pelo Sporting no inicio desta época, aquele que maiores
expectativas gerava, mas acabou por quase não jogar, devido ás constantes
lesões que o atormentaram.
O espanhol
esteve em bom plano, embora ser evidente que ainda lhe falta confiança, pelo que
se precipitou algumas vezes no momento da definição dos lances, mas mesmo assim
era visível a sua satisfação quando foi substituído. Vamos a ver se para o ano
consegue jogar regularmente e justificar o investimento.
Quanto aos
centrais, continuo a pensar que Carriço poderia ter sido opção neste lugar e
que não teria feito pior do que os outros, julgo que ontem voltou a mostrar
isso mesmo, enquanto Xandão continua a não me convencer. A sua passividade no
lance do primeiro golo do Braga é injustificável. Lima teve tempo para
escorregar, ajoelhar e levantar-se, com Xandão a ver e a dar tempo e espaço
para tudo. É verdade que este brasileiro acabou de chegar e ainda está a
adaptar-se, mas sinceramente não me cheira a jogador.
Quanto ao
resto o jogo foi interessante, com um árbitro de que ninguém sabe o nome, a
mostrar ao consagrado Proença, que é possível gerir um jogo tranquilo, sem
mostrar um ror de cartões, que acabam inevitavelmente por desequilibrar o
mesmo, basta ter um bocadito de bom senso e não querer ser protagonista, uma
humildade que infelizmente falta a algumas das pseudo vedetas do apito
nacional.
O Sporting
foi sem dúvida a melhor equipa em campo, com um Van Wolfswinkel inspirado, o
que lhe permitiu marcar 3 golos, que até poderiam ter sido mais, se não fosse a
excelente exibição de Quim. Mas outros jogadores estiveram em bom plano, com
destaque para Schaars e Insúa, que foram realmente excelentes reforços.
O golo do
empate ainda chegou a levantar algumas dúvidas sobre o desfecho da partida, mas
o 2-1 não tardou e repôs a justiça no marcador, que acabou por ser falseado com
um penalti inexistente, que impediu que o resultado final se traduzisse numa
diferença de dois golos, que refletiria melhor o que se passou em campo e de
certa forma mostraria que se o Proença deixasse, até talvez este jogo tivesse
tido outra importância, e quiçá peso na classificação final.
Do que não
gostei foi do tratamento dado a Tiago, que bem poderia ter entrado logo a
seguir ao 3-1, para pelo menos jogar um bocadinho, assim nem tocou na bola, não
me pareceu justo.
Para além
disso há a constatar o comportamento de Rui Patrício, que cheirou a despedida,
o que também me deixa triste, e não tenho dúvidas de que vamos ter saudades
dele, mas talvez agora passe finalmente a ser devidamente apreciado e
reconhecido, não só pelos sportinguistas que tanto o assobiaram, mas também
pelos outros que tem sempre muitas dificuldades em engolir estes sucessos da
nossa formação. Só espero que se ele sair, que vá para um bom Clube e não se meta
num buraco qualquer.
Agora vamos ao Jamor. Lá estarei
domingo à tarde.
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