Toma lá 500

Como era expectável, na Madeira Sá Pinto voltou a dar descanso a quase todos os previsíveis titulares em Bilbau, e assim dos 11 que iniciaram o jogo com o Nacional, provavelmente apenas Xandão e Carriço estarão na equipa que irá tentar o apuramento para a Final da Liga Europa.

Esta opção parece-me não só compreensivel, como até aconselhável e apenas estranhei que Izmailov tenha ficado de fora, pois não poderá jogar em Bilbau, mas calculo que Sá Pinto lá terá a suas razões.

Apesar desta revolução, a equipa respondeu mais uma vez muito bem, mesmo que jogadores como Arias, Evaldo, Neto e Pereirinha, não tenham não tenham estado brilhantes, e que Rúbio quase tenha estragado a pintura, depois de uma excelente 1ª parte, mas houve outros como Marcelo e André Martins, que voltaram a mostrar que se pode contar com eles.

Um dos motivos de interesse deste jogo, era a segunda experiência com a dupla de gigantes no centro da defesa, onde Onyewu regressou à competição, exibindo-se num plano muito aceitável, embora denotando alguma falta de ritmo, mas pelo menos deu para ver que não há nenhuma incompatibilidade entre o americano e Xandão. Esperemos por próximas oportunidades, para avaliar melhor esta dupla, numa hora em que Polga deve estar a preparar a despedida, e em que já se falam em novos reforços para o centro da defesa.

O jogo foi interessante, com as duas equipas à procura da vitória, e quando Renato Neto fez o 0-2 parecia que estava tudo resolvido, mas o golo do Nacional logo de seguida, relançou os madeirenses, que receberam uma inesperada ajuda de Rúbio, quando o jovem avançado chileno se fez expulsar de uma forma muito infantil.

Sá Pinto reagiu de imediato, lançando Van Volfswinkel e Jeffrén, dando assim um sinal à equipa para que não houvesse a tentação de recuar excessivamente, e acrescentando a ambição e o ânimo fundamentais naquela altura, para que a equipa não se deixasse abater.

Com mais um jogador, Pedro Caixinha arriscou um pouco e chegou ao empate, num lance muito feliz, depois de uma serie de ressaltos e de alguma atrapalhação da defesa leonina.

Parecia que a vitória tinha escapado aos Leões, no entanto tal como acontecera depois do segundo golo do Sporting, as equipas nem tiveram tempo para encararem o novo cenário, pois logo de seguida aconteceu o 2-3, na sequência de um penalti indiscutível, que Van Volfswinkel  transformou, devolvendo a vantagem no marcador ao Sporting, que Marcelo segurou na ponta final do jogo, quando o Nacional se atirou de cabeça à procura do empate, arriscando-se em algumas situações a sofrer o quarto golo, que seria um castigo muito pesado para os madeirenses.

Há ainda que dizer que depois do Nacional ter recusado a antecipação deste jogo, até deu um certo gozo mostrar que a nossa segunda equipa e a jogar com menos um, mais de meia hora, chega para eles.

Uma palavra final, novamente para a péssima qualidade da transmissão da Sport TV, com as câmaras situadas contra o sol, o que resultou numa 1ª parte vista com muitos reflexos a prejudicar a nitidez das imagens, isto já para não falar da eterna questão das repetições sem interesse nenhum, que nos impedem de seguir o normal desenrolar do jogo.

Gostava também de saber o que é que o 500 fazia em pé junto a uma linha lateral, durante todo o jogo, mas enfim há pessoas que pensam que são donas de tudo, e este artista é uma dessas pessoas, embora ainda tenha o desplante de atirar pedras aos outros.

Agora Bilbau aí vamos nós, aperta com eles Sá Pinto.

Comentários