Outra vez o Rui Patrício

Depois do 2-1 em Alvalade esperava-se um jogo intenso, uma vez que a eliminatória estava completamente em aberto, mas os dois treinadores optaram por não correr muitos riscos, e a primeira meia hora resumiu-se a três investidas inconsequentes do Metalist, contra um Sporting que não quis ou não pôde fazer o que tinha feito em Manchester, limitando-se a gerir a vantagem mínima que dispunha, o que é sempre um risco, masmo com Rui Patrício na baliza.

No últimos 15 minutos da 1ª parte o jogo começou a inclinar-se perigosamente para a área do Sporting, onde perante a habitual passividade dos centrais leoninos, Rui Patrício foi finalmente chamado a trabalhos redobrados, mas foi o Sporting que marcou em cima do intervalo, numa altura em que já se temia precisamente o contrário.

Aí ficou compensada a falta de sorte que os Leões tinham tido em Alvalade quando os ucranianos marcaram já em tempo de descontos, complicando uma eliminatória que parecia já resolvida.

Este golo de Van Volfswinkel anulou o de Cleiton Xavier e agora o Metalist precisava de marcar duas vezes para empatar a eliminatória, pelo que naturalmente que o treinador ucraniano lançou Devic logo no recomeço.

Percebeu-se que as coisas se poderiam complicar, mas Sá Pinto levou muito tempo a reagir e os centrais do Sporting adormeceram por duas vezes, e à segunda o Metalist empatou o jogo.

A entrada de Renato Neto pecou por ser tardia, tal como na minha opinião as outras duas substituições deveriam ter ocorrido mais cedo, pois era visível que André Martins e Capel estavam mortos, como de resto esta equipa está quase toda, não se percebendo que raio de preparação lhe foi dada, para estar neste triste estado.

O golo funcionou como uma vitamina para a equipa ucraniana, enquanto o Sporting tremeu por todos os lados, até que surgiu o momento do jogo, quando Rui Patrício defendeu um penalti no mínimo duvidoso, voltando a ser o salvador da equipa.

O resto do jogo foi pobre, valendo apenas pela emoção e pelo esforço das duas equipas, uma muito limitada e a outra que na falta de pernas, recorre ao coração para se superar. E no fim apesar de tudo passou a melhor equipa, embora de uma forma desnecessariamente sofrida.

Mas por muito que me custe dizer isto, a verdade é que com aqueles centrais e o resto da equipa fisicamente de rastos, já fico satisfeito se não formos destroçados pelo Benfica e pelo Bilbau, e principalmente se ganharmos a Taça, que é o mínimo que se exige, e neste caso nem me parece que seja preciso ficarmos à espera do Rui Patrício.

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