Os amigos ingleses

Depois das mais recentes exibições e da derrota em Setúbal, seguramente que poucos seriam os sportinguistas a acreditar num bom resultado frente ao milionários do Manchester City, e a verdade é que o Sporting entrou no jogo a medo, enquanto o líder da Premier League se apresentou em traje de passeio, como que à espera o talento dos seus jogadores fizesse a diferença, perante as conhecidas debilidades defensivas do Sporting, mas por incrivel que pareça desta vez até o Polga esteve irrepreensivel.

Assim a 1ª parte foi pouco emotiva, com apenas uma oportunidade de golo para cada lado, que os guarda redes resolveram, mostrando porque estão ambos actualmente entre os melhores do mundo na difícil missão defender a baliza.

Mesmo assim com o passar do tempo o Sporting começou a desinibir-se, com Matias Fernandez a gozar de grande liberdade, numa posição mais próxima do habitualmente desamparado Van Volkswinkel, mas o nulo ao intervalo era sem dúvida o resultado que melhor se ajustava aos acontecimentos.

A 2ª parte começou praticamente com o golo de Xandão e quando se previa uma reacção do City, foi o Sporting que se entusiasmou, e o 2-0 poderia ter acontecido.

Entraram então em acção os treinadores, com Sá Pinto a preferir jogar pelo seguro, enquanto Mancini lançava Balotelli e finalmente o City tomou conta das operações empurrando o Sporting para a sua área, pelo que o empate chegou a estar à vista.

Agora será fácil dizer-se que Sá Pinto não devia ter tocado no travão e pior seria se o empate tivesse acontecido, mas ninguém sabe o que iria acontecer se a opção fosse arriscar um pouco mais.

No final esta vitória pareceu-me justa, mesmo que o favoritismo na eliminatória continue a ser inteiramente dos ingleses, porque em Manchester certamente que vão encarar o jogo com outra atitude, mas nunca se sabe se o Polga volta a ter uma noite de inspiração.

Uma palavra para um árbitro cujo criterio disciplinar foi no minimo discutivel. Porque será que estes gajos são iguais em todo o lado?

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