De regresso à terra

De regresso à terra o Sporting deslocou-se a Barcelos para defrontar o Gil Vicente e depressa se percebeu que alguns jogadores ainda estavam nas nuvens, tal a passividade com que a equipa entrou em campo e que ficou bem expressa nas facilidades concedidas no lance do primeiro golo, onde Rodrigo Galo embalou sem qualquer oposição para um remate forte e colocado, que não deu hipóteses ao desamparado Rui Patrício.

Perante tanta displicência Sá Pinto mandou imediatamente três jogadores para o aquecimento, o que provavelmente terá contribuído para o despertar de alguns dos adormecidos, principalmente Matias Fernandez que ainda não tinha aparecido no jogo e que de repente assumiu a batuta de uma reacção que poderia ter resultado antes do intervalo e que levou o treinador leonino a retardar as alterações.

Apesar dessa mudança de atitude o chileno não escapou à substituição ao intervalo, mas as diferenças entre ele e André Martins são enormes, daí que naturalmente o Sporting não tenha tirado nenhuma vantagem dessa alteração, que nem foi a única, pois Polga também ficou no balneário para dar lugar a Jeffrén, uma substituição que até poderia ser lógica se o Sporting tivesse passado a jogar com 3 defesas, mas que deixou de ter sentido quando se viu que Elias passava a jogar com central.

Apesar de tacticamente continuar praticamente tudo na mesma, o Sporting entrou melhor na 2ª parte e o empate já se adivinhava, quando o artista do costume entrou em acção, mostrando ao que vinha e arrumando a questão, não deixando nenhuma hipótese de reacção ao Sporting que até poderia ter perdido por números mais gordos.

É indesmentível que a arbitragem foi tendenciosa tendo muita influência no resultado final, mas a verdade é que o Sporting se pôs a jeito, o que já nem é a primeira vez que acontece, e quando é assim nem vale a pena chorar, até porque os problemas com os árbitros vão muito para além deste jogo, mas isso será assunto para mais tarde.

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