Vem aí o City!

Sem Onyewu e Rinaudo, Sá Pinto apostou em Rodriguez e Carriço, o que na minha opinião foi arriscar muito, pois jogar com um central a trinco e dois inventores no centro da defesa, era o mesmo que ir à procura de sarilhos, o que me leva a questionar se será que Xandão é assim tão fraco, que nem com o Capitão América lesionado, tem lugar nesta defesa de papel.

De facto não foram precisos mais do que 15 minutos, para que Polga e Rodriguez ficassem a olhar um para o outro, deixando Ljoboja completamente sozinho, valeu a falta de pontaria do avançado do Legia, porque Rui Patrício já estava muito adiantado e nada poderia fazer para impedir o golo.

Os polacos tinham entrado em campo como se não houvesse amanhã, seguindo o exemplo dos seus adeptos, que nas bancadas também mostravam muito mais fôlego de que os sportinguistas. No entanto o que sobrava em vontade e empenho, faltava em qualidade, de tal forma que a primeira defesa de Rui Patrício, aconteceu por volta dos 60 minutos, e mesmo assim foi uma estirada fácil.

No entanto o gaz começou a faltar aos polacos ainda a meio da 1ª parte, altura em que o Sporting equilibrou as operações, mas a prioridade era claramente não sofrer golos, pelo que as jogadas de perigo na área de Kuciak, também se contam pelos dedos de uma só mão, ou se calhar nem tanto.

Mas antes do intervalo Polga voltou a fazer das suas, valeu então que esta coisa dos árbitros atrás da baliza não serve para nada, porque caso contrário tinha sido um penalti limpinho, e o caldo estaria entornado.

O Sporting entrou melhor na 2ª parte, mas apesar de terem sido os polacos a correr mais, foram os "portugueses" que se começaram a descoser, o que forçou Sá pinto a esgotar as suas substituições. Mas já ninguém percebe como é que uma equipa destas tem tantas lesões, mesmo descontando os jogadores com defeito que o Carlos Freitas conseguiu contratar.

O jogo aproximava-se do fim e pairavam em Alvalade alguns fantasmas do passado recente, prevendo-se uma ponta final de grande aflição, com a equipa a jogar no fio da navalha e o Légia a dar o tudo por tudo, mas eis que surge o golo milagroso, na sequência de um livre em que a bola quis entrar, e passou pelo meio de uma multidão, sem que ninguém lhe tocasse.

Estava resolvida a eliminatória, mas mesmo assim o Légia ainda tentou, valendo mais uma vez Rui Patrício para evitar os sustos do costume, perante uns polacos de cabeça perdida, que desataram a bater em tudo que mexia. Vá lá que não partiram nada, embora não lhes faltasse vontade para isso.

A "estrelinha" continua a acompanhar Sá Pinto, o que já não é mau. Seguem-se dois jogos de ganhar para o Campeonato, e depois vem aí as estrelas do Manchester City, o que é no mínimo assustador. Vamos lá a ver como é que o Sá Pinto se safa desta.

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