Volta Djaló, estás perdoado!

Em tempo de crise Domingos não facilitou e para além da entrada de Marcelo, limitou-se a fazer duas alterações na equipa, devolvendo a titilaridade a Carrillo e a Carriço, retomando assim o meio campo habitual, com um trinco e dois médios, quando este talvez tivesse sido o jogo ideal para experimentar a inversão do triângulo ensaiada em Braga.

Seja como for nada explica a pobreza da exibição da equipa neste jogo, frente a um adversario muito modesto, de tal forma que os primeiros 25 minutos foram indescritiveis, de tão entediantes sem ponta por onde lhes pegar, havendo para contar apenas uma defesa mais vistosa do que dificil, do guarda-redes do Moreirense, na sequência de um livre apontado por Schaars.

Foi então que apareceu Ghilas a criar a primeira oportunidade de golo, que Marcelo impediu com uma excelente estirada e na resposta surgiu quase por acidente um golo que o Sporting não merecia.

Parecia que o mais dificil estava feito e que afinal não iria ser preciso muito esforço para ganhar à segunda linha do Moreirense, mas o empate veio logo a seguir, e Rodriguez ainda teve tempo para dar a balda do costume, que Luís Pinto não soube aproveitar, pelo que o Sporting até se podia dar por feliz com o resultado da 1ª parte.

Ao intervalo Domingos resolveu fazer duas alterações, lançando Matias Fernandez no lugar de Carriço, mas não invertendo o triângulo, pois Schaars recuou para a posição de trinco e Elias continuou como médio ofensivo, e insistindo em Bojinov que desta vez não só foi menos um, como ainda estrovou.

Nos primeiros minutos da 2ª parte a equipa ainda pareceu querer aumentar a intensidade do seu jogo, mas depressa voltou ao ritmo sonolento do 1º tempo, enquanto o Moreirense ia recuando cada vez mais, mostrando-se ainda menos atervido.

Foi preciso esperar pelos últimos minutos do jogo, para que finalmente o Sporting conseguisse chegar com perigo à baliza de Ricardo, primeiro com Rodriguez a falhar um golo fácil e depois com Jeffrén a ganhar um penalti devido a uma falta que me pareceu ter acontecido fora da área.

Foi então que Bojinov resolveu que quem mandava ali era ele, e perante o espanto generalizado e a ausência de liderança dentro do campo, empurrou Matias Fernandez que se preparava para tentar converter o penalti, e falhou, o que acaba por ser um justo castigo para a equipa e principalmente para ele, que ainda teve tempo para estrovar Marcelo, quando já em desespero o guarda-redes tentava dar uma ajudinha na área adversaria, na última jogada do encontro.

Assim o apuramento para as meias-finais da Taça da Liga ficou tremido e o moral da equipa ainda mais em baixo, sobrando como positivo deste jogo apenas o facto ter chegado o fim da linha para Bojinov, isto se ainda houver algum bom senso em Alvalade. É que se eu ainda sou capaz de perceber a contratação deste artista, à luz das comissões que rolam à conta destes negocios ruinosos, já não entendo a insistência do treinador num jogador que teve muitas oportunidades e que não só não revelou qualidade para jogar no Sporting, como pior do que isso, nunca mostrou vontade para pelo menos suar a camisola.

Uma palavra final para o público, que ao contrário do que em alturas anteriores, aguentou firme até ao fim sem assobiar, e desta vez até não faltaram razões para o fazer. Mas agora já devem estar com saudades do Djaló.

Comentários

  1. "Mas agora já devem estar com saudades do Djaló."

    Que sacrilégio. Esse deus dos golos! Esse santo ponta de lança.

    Só tenho é saudades da Floribela :P

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