Poupar sim, mas nem tanto

Com o apuramento e o 1º lugar já garantidos, Domingos Paciência optou por poupar alguns jogadores, deixando quatro titulares em Lisboa, um na bancada e dois no banco de suplentes, isto sem esquecer Elias, que não pode jogar na Liga Europa.

A grande surpresa foi a aposta no jovem Tiago Ilori, para fazer dupla com Onyewu, um dos dois titulares que jogaram, uma opção que me pareceu demasiado arriscada para um jogo com uma equipa italiana, que não sendo um colosso é uma boa equipa.

O resto foi o que se esperava atendendo aos jogadores convocados e o resultado também não poderia ter sido muito diferente, com uma defesa remendada, com Evaldo a mostrar porque é que perdeu o lugar e Pereirinha a evidenciar falta rotina no lugar, enquanto Ilori revelava mais uma vez estar ainda muito verde para estas andanças, valendo um grande Onyewu para evitar males maiores.

No meio campo Schaars mesmo jogando, poupou-se e foi poupado ao ser substituído, enquanto Martins esteve abaixo daquilo que tinha feito nos jogos anteriores, restando André Santos, que pelo menos lutou muito, fazendo jus à braçadeira de Capitão, mas equipa nunca conseguiu pegar no jogo.

Assim a bola chegou poucas vezes là à frente, pelo que Rubio não teve oportunidade de brilhar, coisa que Carrillo bem tentou com os seus excessos de individualismo, quase sempre inconsequentes, enquanto Bojinov foi igual a ele próprio, ou seja mostrou um ou outro pormenor, mas não se cansou muito.

Portanto tivemos um Sporting pouco coeso e sem entrosamento, que ainda por cima cometeu alguns erros fatais na defesa, um dos quais resultaria no primeiro golo, que apareceu em cima do intervalo, numa altura em que era crucial não falhar.

Depois do reatamento o 2-0 não demorou muito e o jogo ficou resolvido logo ali, tendo Domingos inclusivamente optado por substituir Onyewu e Schaars e aproveitado para lançar o jovem João Mário, mais um produto da Academia de Alcochete, que em apenas 15 minutos mostrou ser um jogador com qualidade, entrando desinibido e muito tranquilo no jogo, dando a sensação que já andava ali há muitos anos.

Parece-me que os riscos assumidos por Domingos talvez tenham sido excessivos, principalmente na defesa, valeu que a Lazio dentro da velha escola italiana, também não apertou muito, limitando-se a arrumar a questão logo que pôde e a gerir a vantagem.

Para a história fica uma qualificação tranquila e agora que venha o próximo.

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