Carrillo resolve

Depois do empate em Coimbra, Domingos Paciência resolveu dar a titularidade a Carrillo, e deu mais uma oportunidade a André Martins, desta vez no lugar do castigado Elias, duas apostas que se revelaram acertadas, pois o peruano foi o homem do jogo, ao marcar o golo que desbloqueou a eliminatória e arrancar o penalti que arrumou a questão, enquanto o pequeno centrocampista da Academia, foi o grande dinamizador da equipa na 1ª parte, embora não tenha tido sorte na altura do remate.

Tal como se previa o jogo não foi fácil, pois o Marítimo é uma boa equipa e apresentou-se em Alvalade com a lição bem estudada, porque já todos perceberam como é que o Sporting joga, e quais seus os pontos fracos.

Assim apesar do Sporting ter assumido a iniciativa do jogo como lhe competia, encontrou grandes dificuldades para entrar na área adversaria, perante uma equipa bem fechada e sempre rápida a sair no contra-ataque, tentando aproveitar o adiantamento dos laterais e a lentidão dos centrais leoninos, valendo mais uma vez Rui Patrício para evitar males maiores.

Só depois da entrada de André Santos para o lugar do lesionado Carriço, é que o Sporting conseguiu começar a criar perigo na área madeirense, muito por força da acção do outro André, que começou finalmente a aparecer mais perto do até aí desamparado e pouco confiante Van Volkswinkel.

De resto esta aposta em Carriço para o lugar de trinco, parece-me um duplo erro, pois mesmo que o impagável Álvaro Magalhães já se tenha vindo pôr em bicos de pés, arvorando-se como o autor de tal descoberta, a verdade é que o que ele descobriu foi pólvora seca, pois com Carriço no meio campo o Sporting não só queima André Santos, que a época passada até fez muito bem o lugar, como não ganha um bom trinco e perde se calhar definitivamente, aquele que poderia vir a ser um bom central, e que na minha opinião é do plantel actual, a melhor solução para jogar ao lado de Onyewu, até porque Polga já está no fim da linha.

Voltando ao jogo, o intervalo chegou com um empate que se aceitava, e percebia-se que não seria fácil desbloquear um jogo daqueles, em que provavelmente quem marcasse primeiro ganhava, pelo que compreensivelmente os treinadores não mexeram nas equipas preferindo ver no que dava.

A 2ª parte começou com os primeiros assobios reveladores de algum nervosismo e ansiedade, depois Carrillo ter perdido mais uma bola, mas o peruano respondeu com o seu primeiro golo, que obrigou o Marítimo a abrir, dando espaços para o Sporting arrumar a questão, apesar de Van Volkswinkel ter precisado de dois penaltis para marcar o golo que resolveu a eliminatória e levou o Sporting para uma exibição agradável e uma vitória tranquila, em que até deu para experimentar Pereirinha no meio-campo e para dar mais alguns minutos a Arias.

Termina assim o ano da melhor maneira, com o Jamor à distância de dois jogos e algumas esperanças na recuperação dos lesionados e expectativas no possível reforço da equipa. Esperemos pois pelo que nos vai trazer o mês de Janeiro.

Comentários