Figuras tristes

O jogo tinha acabado e eu já me preparava para ir jantar quando vi o impagável Manuel Cajuda à volta do árbitro, com cara de poucos amigos, pelo que resolvi ficar mais um bocadito, pois já conheço o artista e vi logo que ia valer a pena.

Chegado à zona das entrevistas rápidas, Cajuda começou por dizer que não queria falar nada, porque já sabia como era e mais não sei o quê, à medida que se ia queixando da expulsão perdoada a João Pereira e das irregularidades nos golos do Sporting, mas pelo meio continuava a dizer que não queria falar para não fazer figuras tristes, o que de resto é uma das suas especialidades, e foi o que mais uma vez fez, ao mesmo tempo que acrescentou que tinha estado dois anos fora mas afinal estava tudo na mesma por cá, só faltou dizer que lá no médio oriente é que é bom, é pena é que ele não tenha ficado por lá a dar aqueles treinos maravilhosos e a falar inglês como uma vaca espanhola, conforme se viu naquela patética reportagem feita pela SportTv com a equipa dele.

No fim lá acabou por explicar tudo, disse que em Portugal falta sentido de humor e anda tudo sempre muito serio, mas ás vezes é preciso rir um bocadito, tem razão o futebol português sem ele não tem graça nenhuma, e portanto estão explicadas as suas declarações, o homem só nos queria divertir e pela parte que me toca conseguiu o seu objectivo.

O pior de tudo é que ele até perdeu uma grande oportunidade de brilhar, pois bem poderia ter se gabado da excelente exibição que a sua equipa fez em Alvalade, encostando o Sporting à sua área na 2ª parte, de tal forma que o empate esteve mais perto do que o 3-1, que chegou em cima do fim num penalti tão claro , como limpinho foi o segundo golo e indiscutiveis seriam as expulsões de Edson e João Pereira, apesar do homem não ter conseguido ver quase nada disto.

Resta-me dar graças a Deus pelo facto dos dirigentes leoninos nunca se terem lembrado de contratar este pateta alegre, embora ele já se tenha oferecido várias vezes, pois da maneira que costumamos ser ajudados pela arbitragem, ia ser o bom e o bonito, o homem passava-se.

Bem vindo Cajuda tens um lugar marcado no anedotário nacional..

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