Para o ano há mais

“Em equipa que ganha não se mexe”, essa terá sido a máxima que levou Domingos Paciência a manter o onze utilizado na passada 5ª feira, uma opção que se revelou pouco acertada, pois os problemas que foram visíveis no jogo com o Nordsjaelland, não só se voltaram a manifestar, como se agravaram, porque do outro lado estava uma equipa mais evoluída, que trazia a lição bem estudada e que se soube fechar muito bem lá atrás, sem se esquecer de sair com segurança para o ataque, explorando sempre que possível as conhecidas debilidades da defesa do Sporting, no jogo aéreo.

Assim na 1ª parte tivemos um Sporting com grandes dificuldades para chegar com perigo à baliza adversaria, enquanto o Marítimo conseguiu pelo menos por duas vezes obrigar Rui Patrício a defesas apertadas, na sequência das habituais bolas paradas junto à área leonina, alturas em que todos os sportinguistas ficam em pânico.

Mas o futebol tem coisas inexplicáveis e ao contrario de outros jogos em que o Sporting criou inúmeras oportunidades e não marcou, desta vez mesmo sem jogar nada e quase sem conseguir entrar na área adversaria, os Leões fizeram dois golos, embora mais uma vez só um tenha contado.

Parecia que o mais difícil estava feito, mas o inicio da 2ª parte foi terrível. Em poucos minutos o Marítimo deu a volta com dois golos muito consentidos, o primeiro na sequência do canto do costume e o segundo depois de um disparate de João Pereira, e depressa se percebeu que dificilmente o Sporting conseguiria sair do buraco onde se tinha metido.

Domingos ainda tentou alterar o rumo dos acontecimentos fazendo entrar Bojinov e Jeffren e depois Van Volkswinkel, passando a jogar em 4x4x2 com Izmailov no lado direito, e a verdade é que o Sporting finalmente conseguiu algum ascendente e chegou ao empate, mas a lesão de Jeffren foi um forte revés nas aspirações de uma equipa cada vez mais ansiosa e que faz tudo em esforço.

Daí para a frente o Sporting tentou chegar à vitoria, mas o Marítimo conseguiu sempre manter o controlo do jogo e à beira do fim chegou ao golo outra vez na sequência de um canto, com toda a gente a ver Baba cabecear para o fundo das redes.

Era um castigo merecido para uma equipa que desta vez nem pode dizer que desperdiçou muitas oportunidades de golo, e assim ainda estamos em Agosto e o campeonato já era, e no final do jogo Domingos estava a pedir mais reforços. Aí está o resultado do magnifico trabalho de Carlos Freitas.

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