A candidatura da continuidade

Aí está a candidatura da continuidade protagonizada por Godinho Lopes, que entrou em força na corrida, depois de algumas semanas a trabalhar na sombra e a arregimentar espingardas.

Devo dizer que na minha opinião Godinho Lopes foi uma má escolha para liderar a lista da situação, que teria ficado muito melhor servida com Rogério Alves, ou até Dias Ferreira, que seguramente só avançou por sua conta e risco porque percebeu que ainda não tinha chegado à sua vez.

Godinho Lopes parece-me um líder com muitos pontos fracos, a começar logo pelo facto de ter sido o grande responsável pela derrapagem dos custos do estádio, mas para além disso rodeou-se de uma equipa que também tem muito por onde se pegar, principalmente quando se sabe que Carlos Freitas está ligado à gestão desastrosa do departamento de futebol e que Nobre Guedes é o verdadeiro arquitecto da tão falada reestruturação financeira, que está longe de ter sido um êxito.

Para além disso coabitam nesta lista egos grandes de mais, e está-se mesmo a ver que se a coisa der para o torto vai ser cada um para o seu lado, aos gritos e apitos.

O grande trunfo é sem dúvida alguma Luís Duque, o homem quase unanimemente reconhecido como o Sportinguista mais qualificado para se movimentar no mundo sujo do futebol português e que vale muitos votos, isto para além da natural vantagem de quem está dentro do Clube e controla o "aparelho".

Quanto ao discurso deste candidato, até agora foi muito pobre, assumindo louros que não são dele, acenando com 100 milhões sem explicar donde vem e dizendo que tem soluções para tudo, mas sem nunca explicar quais.

Pelo menos para já pareceu-me um candidato fraco e relativamente fácil de apertar, até porque desta vez não vai poder fugir ao debate como fez o Bettencourt.

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