Adeus Liedson

Está consumado o fim do ciclo de Liedson no Sporting. Aos 33 anos o "levezinho" regressa ao Brasil a troco de cerca de 2 milhões €, depois de ter assegurado um lugar de destaque na história dos Leões.

170 golos em 312 jogos oficiais, entre outros feitos assinaláveis, justificam alguma tristeza da parte dos sportinguistas ao verem partir um jogador que marcou de forma muito vincada os últimos anos do futebol do Sporting.

Mas a verdade é que Liedson já está em fim de carreira e o negócio até não pode ser considerado mau, principalmente porque tudo indica que o jogador terá manifestado de uma forma muito clara a vontade de regressar ao seu país, pelo que não faria sentido terminar um casamento que foi quase sempre feliz, com um divorcio litigioso. Liedson não merecia, até porque apareceu com uma proposta vantajosa para os dois lados.

Até aqui tudo bem. Adeus Liedson, beijinhos e abraços e muitas felicidades para o teu futuro, que agora para nós é no museu das boas recordações.

Mas há o reverso da medalha, e é inadmissível que os reponsaveis do Sporting sabendo como seguramente sabiam das intenções de Liedson, não tenham acautelado atempadamente a sua substituição, até porque já há muito tempo que Paulo Sérgio andava a pedir um avançado com caracteristicas diferentes daqueles que tem à sua disposição.

É verdade que esta Direcção já está em gestão e não teria legitimidade para fazer um investimento forte, mas tinham a obrigação de ter arranjado uma alternativa valida pelo menos até ao final da temporada.

Pior do que isso foram as apostas falhadas, em Kleber, um jogador que já se sabia que estava metido numa teia de complicações que nunca seria fácil de desenriçar, e em Djalma que já terá outro destino traçado e sinceramente não me parece que fosse uma boa solução.

O que é certo é que com este plantel ninguém pode exigir mais ao Paulo Sérgio, do que lutar por um lugar na Europa, pois a equipa está cada vez mais fraca, e só nos últimos meses perdeu Izmailov, Moutinho, Veloso e agora Liedson, não tendo contratado nenhum jogador do mesmo nível destes.

Com tudo isto a posição de Couceiro ficou ainda mais fragilizada, enquanto Costinha parece que vai passar à história como o homem que transformou o pouco em nada. Depois admiram-se que os sportiguistas se babem quando lhes prometem um investimento de milhões no futebol.

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